Fatos brutais

06 October 2015

Hechos brutales

Hechos brutales

Em 2014, o gerente de vendas da Hilti do Brasil, Marcelo de Lima, concluiu um trabalho de investigação sobre as empresas de locação de equipamentos do Brasil. Sua motivação era compreender melhor como a Hilti, um provedor de equipamentos elétricos que tipicamente chegam ao mercado via locação, poderia contribuir para elevar o rental brasileiro e assim gerar um benefício coletivo.

Saiu a campo para entrevistar 186 usuários dos serviços de locadoras de máquinas e equipamentos em cinco estados brasileiros. Entre eles, havia operadores, engenheiros e mestres de obras. Os resultados obtidos foram surpreendentes, pois o resultado das estatísticas não deixa em boa situação o setor de locação do país.

Por isso, a Hilti decidiu divulgar sua pesquisa com o apelido de “fatos brutais”, e não é mesmo para menos. De acordo com a empresa, 87% dos entrevistados não percebem as empresas de locação como fonte de novidades, tecnologias ou soluções. 75% dos entrevistados manifestaram que não viam nenhuma diferença entre as empresas, e que decidiam apenas pelo preço.

E o que vem depois é ainda pior, uma sequência de estatísticas a 100%. A totalidade de seus entrevistados afirmou que teve que comprar um equipamento por ter tido alguma experiência negativa com a locadora. Além disso, todos tiveram que mudar de locadora terem recebido uma cobrança que consideraram indevida, e igualmente todos em algum momento trocaram de locadora por achar que os equipamentos alugados eram de má qualidade.

O que falta?

Marcelo trabalha com o setor de locação brasileiro há mais de cinco anos. Ele conta que das quase 5 mil empresas de locação existentes no país, a maioria não tem padrões profissionais de gestão. Reconhecendo que os grandes nomes do setor são exceção, ele afirma que há um grande número de empresas que ele caracteriza como “muito concentradas na figura do proprietário ou gerente. Não têm departamento de contabilidade, RH, treinamento ou compras. Os donos são pessoas que chegam às seis da manhã e saem às onze da noite”.

Por não conseguir marcar uma diferença importante diante do mercado, a maioria compete apenas oferecendo menores preços. “Mas há um limite para isso”, adverte o executivo da Hilti.

“O pior problema para essas empresas é que elas se focam demais nos problemas do dia a dia e não pensam no longo prazo”, diz ele.

Comparando com o que viu em países onde o mercado de locação é considerado maduro, Marcelo nota que “em algumas empresas eu vi que eles controlam até o tempo que um empregado revisa uma maleta de ferramentas junto ao cliente. O nível de profissionalismo do rental impressiona”.

Mas sua visão é de que a crise econômica generalizada no Brasil de hoje vai terminar fazendo um bem ao mercado de locação de equipamentos. “Na minha experiência, nunca havia visto tantas empresas de locação fechando as portas, se unindo a outras ou simplesmente sendo compradas por outras maiores”, afirma.

Não obstante, Marcelo de Lima diz que a Hilti continua cumprindo seu papel de contribuir para o fortalecimento saudável do setor no Brasil. “Se ajudamos a empresa a resolver os problemas com seus clientes, isso é mais efetivo do que só prover os equipamentos”, conclui ele.

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