Como decidir

18 October 2016

Jacó Alles es Coordinador de Rental & Remarketing para América Latina.

Jacó Alles es Coordinador de Rental & Remarketing para América Latina.

Tomar uma decisão sobre adquirir ou alugar um equipamento de construção pode ser complexo, e todas as empresas construtoras encaram a dúvida. A tarefa é ainda mais difícil quando se analisa o mercado locador na região, e se chega à conclusão de que ele é extremamente fragmentado. São muitas empresas, diferentes serviços, e a mentalidade latino-americana ainda parece indecisa com relação à conveniência da locação de equipamentos. É por isso que na América Latina o tamanho do setor de rental oscila entre 10% e 15%, enquanto em mercados maduros ele é de mais de 40%.

Embora há pouco tempo o crédito estivesse mais barato – de maneira geral - e havia mais dinheiro disponível, hoje a realidade latino-americana é diferente, com maiores restrições e taxas mais altas, o que, somado à redução do volume de obras e à consequente queda dos preços do aluguel, poderia gerar aumento na demanda por este serviço. Mesmo assim, a decisão não é tão clara quanto poderia ser. A diversidade de players, e algumas empresas ‘aventureiras’ e sem os conhecimentos necessários, fazem com que o mercado se desenvolva com certa nebulosidade.

O que as construtoras devem entender é que, através de uma equação equilibrada de ativos próprios e equipamentos locados, se obtém maiores lucros e menores custos. Ao mesmo tempo, consegue-se maior liquidez nos resultados, com uma melhor relação ativo/passivo, o que libera capital para outros investimentos.

Se uma empresa tem um ativo, a exemplo de uma máquina de construção, com 50% de atividade produtiva (utilização de cerca de mil horas por ano), poderia ser aceitável. Contudo, uma locadora tem por objetivo uma taxa de utilização superior a 70%, oferecendo assim uma melhor utilização do ativo e, além disso, otimização de seus custos de manutenção.

Ainda assim, a decisão pode ser difícil de tomar. Por isso, é importante fazer uma lista dos benefícios que o aluguel pode proporcionar. Há vários pontos a considerar. Qual será a utilização mensal do equipamento em relação ao nível de horas? Qual o prazo, cronograma de execução da obra? Temos experiência com esse equipamento? É um equipamento com facilidade (liquidez e valor) de revenda? A obra precisará do equipamento futuramente? Qual a produtividade esperada para a máquina? A obra terá um fluxo constante de receita? O local da obra é uma região de fácil acesso a serviços?

Devemos ser conscientes. Cada cenário requer uma estratégia diferente, e para ter maior clareza em relação aos prós e contras é importante expressar estas diferenças em números. Alguns números “mágicos” no exemplo abaixo podem auxiliar na decisão.

No caso de uma escavadeira hidráulica de 20 toneladas, considerando uma obra com cronograma de execução de 24 meses e um mínimo de 176 horas mensais, e uma tarifa entre 3% e 5,5% do valor de aquisição de uma escavadeira, a opção pela aquisição provavelmente seria a mais adequada.

Trocando um pouco os números, a balança já começa a pender mais para a locação. No caso de uma escavadeira hidráulica de 38 toneladas, com uma obra de contrato de 10 meses e um mínimo de 176 horas mensais, e uma tarifa entre 3% e 5,5% do valor de aquisição de uma escavadeira, a opção por locação pode ser a melhor.

Contudo, a questão não se resume a que as empresas construtoras tomem essas decisões. As companhias de locação também têm algo a dizer, e é delas o dever de comunicar os benefícios para seus clientes, tanto monetários quanto de produtividade, além de influenciá-los positivamente desde a fase inicial do projeto, conhecendo integralmente suas necessidades e falando a mesma língua.

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