A raiz do concreto

05 April 2018

A Betonmac foi uma das pioneiras na fabricação de máquinas para concreto na Argentina.

Betonmac

Fábrica da Betonmac

Fundada por Luciano Bulgarelli (1932-2015) em 1960, a Betonmac foi umas das primeiras empresas dedicadas à fabricação de equipamentos de concreto na Argentina. Na época, Bulgarelli, engenheiro de origem italiana, era proprietário de uma construtora e estava em busca de maior eficiência para sua empresa. Em uma viagem à Itália, observou algumas soluções locais na dosagem de concreto, e decidiu fabricar uma usina dosadora para elaborar concreto com a qualidade necessária para as suas edificações. Outras construtoras — vendo a efetividade dos equipamentos de Bulgarelli — começaram a encomendar o seu maquinário, e assim nasceu a Betonmac, em uma pequena oficina fabricando dosadoras por peso para agregados e cimento.

Mais de meio século mais tarde, a empresa está mais atual que nunca e segue elaborando novos equipamentos e buscando soluções específicas para seus clientes, com inovações próprias de engenharia e eletrônica. Mais de 50 modelos de usinas dosadoras e misturadoras atendem a produções de concreto de 10 a 400 m3/hora e mais de 3 mil diagramas validam as soluções de automatização e controle de processos.

Concreto Latinoamericano conversou com Dario e Bruno Bulgarelli, atualmente a cargo do crescimento da empresa fundada por seu pai.

Qual é o posicionamento atual da Betonmac?

Com mais de 50 anos de atividade sólida, nos posicionamos como líder e referência no mercado argentino, além de ter uma trajetória notável em exportação, desde 1977. Nos últimos anos, realizamos a mudança de comando e seguimos crescendo — recebemos a certificação ISO 9000 versão 2015 e estamos ampliando a fábrica para atender a forte demanda interna da Argentina.

Como foram as vendas de 2017?

Calculamos um crescimento de 40% comparado com 2016.

Quanto o mercado local representa no faturamento da empresa?

Hoje, a Argentina representa cerca de 90% das nossas vendas. Nos anos bons, chegamos a ter uma relação de 50% do mercado interno e 50% de exportação.

Quais os destinos das exportações?

Fornecemos maquinário para grandes obras sul-americanas no Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru, Santo Domingo, El Salvador, Uruguai e Venezuela, entre outros.

Como vocês veem o mercado externo?

O Brasil está em uma crise profunda há anos, o Chile também passa por tempos difíceis e o Peru está mais ou menos. No Chile, somos líderes de mercado, mas por ser um mercado aberto, existe uma forte concorrência com maquinário europeu.

O que está sendo feito em termos de eficiência?

Temos um esforço contínuo para melhorar a produtividade interna; nos abastecer com a melhor matéria prima ao melhor preço, sem descuidar da qualidade; e garantir a presença dos nossos técnicos em toda América do Sul em menos de 48 horas.

Atém disso, investimos na estruturação do nosso próprio departamento de eletrônica e informática, o que nos permitiu desenvolver e implementar tecnologia de ponta para projetos particulares de automatização e controle de processos industriais. Criamos, por exemplo, um sistema de calibragem de cimento, com licença própria, e um sistema de registro manual, que compila os movimentos do maquinário mesmo com os elementos de automatização desconectados. Também desenvolvemos um serviço de suporte online, no qual nos conectamos aos nossos equipamentos para fazer uma radiografia da máquina. Assim é possível avaliar se é possível resolver o problema remotamente ou se é necessário um atendimento no local.

Houve comentários sobre uma ampliação…

Nosso terreno tem aproximadamente 30.000 m2, e agora estamos aumentando a área construída para chegar aos 8.000 m2. Estamos fazendo um novo galpão e modernizando o nosso maquinário para melhorar a produtividade interna. O desafio neste ano é manter o atual nível de vendas, incrementar nossa estrutura e seguir a modernização do maquinário, dos processos e da administração.

Qual é a capacidade de produção atual?

A capacidade de produção varia entre 150 e 180 betoneiras e 40 e 60 usinas de concreto padrão por ano. É difícil determinar um número exato já que personalizamos muitos dos nossos equipamentos. Como cada obra é distinta, é preciso adaptar a máquina ao serviço do cliente. Não temos uma produção em linha de montagem, nos destacamos pela nossa assessoria e engenharia, além do fornecimento do maquinário.

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