Volvo segue firme

03 May 2017

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No início de abril, em sua reunião anual com os meios de comunicação, a Volvo Construction Equipment Latin America juntou a imprensa brasileira e internacional em São Paulo. Com o principal mercado da América Latina ainda em situação de recuperação lenta e incerta, e um panorama de altos e baixos na região como um todo, a mensagem da marca sueca foi no tom da resistência.

Seria, sem dúvida, muito ingênuo celebrar avanços magníficos num mercado onde as quedas de produção e venda são impressionantes. Em sua apresentação, o presidente da Volvo CE na região, Afrânio Chueire, descreveu com duros números a realidade do mercado latino-americano de maquinário nos últimos anos.

Após um pico de 25 mil equipamentos vendidos no Brasil por ano entre 2012 e 2013, a maior economia latino-americana adquiriu apenas 8 mil unidades no ano passado. Os países hispano-parlantes por sua vez, vivenciaram um pico de 22 mil máquinas anuais naqueles anos, e agora somem ao todo uma demanda de 14 mil unidades.

Com sua habitual visão estratégica, Afrânio Chueire apresentou uma expectativa média de vendas que poderia se consolidar nos anos vindouros. O executivo crê que o retrato ideal do mercado brasileiro estaria entre 15 mil e 20 mil unidades vendidas por ano, número que se repetiria no conjunto de países hispanos da América Latina, quando eles alcançarem sua estabilidade.

Participação

Não obstante, a Volvo CE tem uma conquista efetiva na América Latina, ao ter mantido intacta sua participação de mercado ao longo de 2016 em 13,8%. Este número envolve vendas de carregadeiras, escavadeiras e caminhões articulados de suas duas marcas, Volvo e SDLG.

Considerando as duas marcas de equipamentos, e os mesmos tipos de máquina, a companhia também viu crescer sua participação no Brasil, de 15,8% em 2015 para 16,8% em 2016. Enquanto isso, nos países da América espanhola, tomados em conjunto, registrou-se uma ligeira queda na participação, de 11,8% em 2015 para 11,1% em 2016.

A leitura dos dados pode sugerir contradição, já que cresceu sua participação numa economia virtualmente paralisada, o Brasil, e diminuiu em um conjunto de mercados onde houve pontos de importante dinamismo. A interpretação esclarecedora foi dada pelo próprio Afrânio Chueire, baseando-se nas flutuações características do mercado de máquinas pesadas.

“Houve grandes projetos e que conseguimos participar com alto número de unidades, como por exemplo a obra do metrô de Santiago do Chile, que não se repetiram em 2016”, disse. Ao mesmo tempo, a agricultura brasileira, praticamente único setor onde há uma atividade pujante no país, continuou adotando, por exemplo, as máquinas de manutenção simplificada da SDLG, o que explicaria a alta no país.

Já se vão quase dez anos que a SDLG entrou no mercado latino-americano em 2009, e desde então investiu continuamente em aumento da oferta, que hoje se compõe de carregadeiras, escavadeiras, motoniveladoras e rolos compactadores. “Nós mudamos o conceito de um segmento do mercado, ao qual chamamos de simple tech. Este segmento passou a ter acesso a peças de reposição e uma rede de atendimento que é a mesma da Volvo”, disse ele sobre a entrada da SDLG na região.

Em sua entrevista coletiva, o presidente da Volvo CE Latin America também destacou a importância que mercados geralmente menos considerados têm para a marca, como a Bolívia, o Paraguai e o Panamá. 

 

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