Plano busca disseminar uso do BIM no Chile

A partir de 2020, as licitações de obras públicas do Chile vão obrigar os proponentes a apresentar seus projetos por meio de BIM. O Building Information Modeling é um programa que pretende modernizar e aumentar a produtividade da construção do país. Assim, utilizando seu poder de compra, o Estado estará impulsionando a adoção de práticas mais modernas pela indústria. O que já vem acontecendo, embora com menos frequência, desde 2012, quando o Chile começou a pedir BIM em algumas das licitações públicas.

Este plano tem como objetivo incrementar a produtividade e sustentabilidade mediante a incorporação de processos, metodologias de trabalho e tecnologias de informação e comunicações que promovam sua modernização ao longo de todo o ciclo de vida das obras, desde seu desenho até a operação em longo prazo, segundo a diretora executiva do PlanBim, Carolina Soto.

Ela disse que o uso deste sistema permite melhorar a qualidade dos projetos, o planejamento, redução dos prazos de entrega e os custos, além de incentivar desenhos mais eficientes e sustentáveis. Segundo uma pesquisa recente da Universidade do Chile, apenas 22% dos pesquisados são usuários de BIM. O desconhecimento e a falta de capacitação aparecem como as maiores restrições para sua massificação no país.

Com esta realidade em mente e com vistas a impulsionar este plano, no ano passado foi feito um convênio de colaboração entre os ministérios de Obras Públicas, Moradia, Economia e Fazenda, além da empresa pública de fomento ao desenvolvimento Corfo, a Câmara Chilena da Construção e a Corporação Administrativa do Poder Judiciário. Este convênio busca fortalecer o crescimento e dinamismo que a indústria da construção precisa, através da introdução gradual de processos mais eficientes, capacitação e novas tecnologias.