GlobalData prevê queda de 11,4% na construção da AL

13 October 2020

A GlobalData reduziu seu prognóstico para a construção na América Latina em 2020. Sua nova previsão é de uma queda de 11,4% no ano, contra uma previsão anterior de queda de 6,8%. A mudança para pior deveu-se à recuperação mais lenta do que o esperado da atividade construtiva na segunda metade do ano na maioria dos países.

“A previsão revisada torna a América Latina a região com pior desempenho do mundo em termos de produção de construção, e reflete os danos econômicos cada vez mais profundos da pandemia e os estritos bloqueios impostos pelas autoridades a fim de limitar sua propagação”, afirma Dariana Tani, economista da GlobalData.

Entre os maiores países da região, espera-se que construção peruana se contraia este ano nada menos de 24%, ficando só um pouco pior do que a Argentina, que deve cair 23,5%, México (-15,2%), Colômbia (-13,2%) e Chile (- 8,2%). No Brasil, prevê-se que a construção caia 4,8%, em comparação com os -6% do ano anterior. A paralisação apenas parcial das atividades de construção ajudou a evitar um resultado catastrófico no país.

“O avanço na reativação dos projetos e o início de novos projetos em alguns países foi afetado pelo contínuo aumento no número de casos de Covid-19 e a maior incerteza em toda a economia. Em 2021, a GlobalData espera que o setor se mantenha fraco, aumentando sua produção em apenas 0,2% antes de se recuperar 3,1% no período restante do prognóstico (2022-2024)”, diz Tani.

Peru, Chile e Colômbia deverão ter as melhores taxas de recuperação no ano que vem, com produções previstas de 16,8%, 6,8% e 4,8%, respectivamente. Enquanto isso, na Argentina, México e Brasil a expectativa é de que continuará caindo, mesmo que a taxas muito menores, de 5,4%, 3,4% e 1,6%, respectivamente.

“Embora haja a expectativa de que a atividade se recupere gradualmente nos próximos meses à medida que se aliviem mais restrições relacionadas à pandemia em toda a aregião, não esperamos que os níveis de produção registrados antes da pandemia se restabeleçam nos próximos quatro anos, dado que a região tem debilidades estruturais e problemas de longa data que se agravaram com a pandemia, incluídas aí as restrições fiscais, as tensões sociais, e crescente desigualdade, a baixa produtividade e o descontentamento geral com as instituições democráticas”, afirma a consultora.

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