Empresários pedem nova ponte com o Paraguai
07 January 2019
Estrutura pooderia ser o pedaço que falta para conectar Antofagasta, no Chile, com Santos.
Um estudo de viabilidade econômica elaborado pelo Sindicato das Empresas de Transportes e Logística (Setlog) mostrou que uma nova ponte sobre o rio Paraguai em Porto Murtinho, traria ganhos de produtividade para o setor, ao agilizar o corredor de comércio internacional através da fronteira com o Mato Grosso do Sul e outras regiões do Paraguai, Argentina e Chile, já que por aí se poderia concluir uma rota interoceânica entre Antofagasta, no Chile, e Santos.
“A ponte é o pedaço que falta para essa integração”, afirmou Claudio Cavol, presidente do Setlog, que organizou viagens de transportistas terrestres e gestores públicos entre Porto Murtinho e Antofagasta para demonstrar a viabilidade da proposta. Segundo ele, “em um primeiro momento circulariam bens de maior valor agregado, para então se incorporarem as commodities”.
As obras da ponte, que poderiam estar concluídas em 2021, fariam com que o MS se tornasse uma espécie de hub comercial da América do Sul, por onde passariam cargas do Pacífico provenientes do porto de Antofagasta até o Atlântico, no porto de Santos.
A obra encurtaria em 8 mil quilômetros o traçado das mercadorias que saem do Mato Grosso do Sul para a China, o que fomentaria a competitividade do estado brasileiro. Mas, para que isto se concretize, é necessário construir a ponte e, também pavimentar 500 quilômetros da famosa rodovia paraguaia Transchaco, que tem péssimas condições mas vem sendo melhorada.
A ponte, quando feita, terá 500 metros de comprimento. Se se cumprirem as promessas e previsões, as obras poderão começar ainda este trimestre. Junto com outra obra de ponte autorizada por sobre o rio Paraná, os investimentos em conexão binacional entre o Brasil e o Paraguai poderiam chegar a US$ 259 milhões.