Construção chilena modera nível de queda

O Índice Mensal da Atividade de Construção (IMACON) do Chile, elaborado pela Câmara Chilena da Construção (CChC), registrou um retrocesso de 1,5% interanual em setembro, número que, mesmo negativo, reflete uma significativa moderação com relação às consecutivas quedas que o setor vem experimentando há mais de um ano.

O gerente de estudos da associação, Javier Hurtado, afirmou que “este resultado é coerente com o efeito de menores bases de comparação, o menor ritmo de contração nos indicadores de demanda de materiais e os primeiros efeitos de uma política monetária expansiva, além de expectativas menos pessimistas dos empresários da construção com relação ao que tinham em 2016”.

O presidente da CChC, Sergio Torretti, afirmou que “melhoraram as expectativas a respeito do comportamento da nossa indústria e da economia em geral, e esperamos que a moderação na queda da atividade setorial se consolide como uma tendência. Mas sabemos que para que isso se concretize é essencial que as autoridades – atuais e futuras – se comprometam a eliminar o que na nossa opinião constitui um excesso de burocracia na tramitação e execução dos projetos de investimento”.

A contratação de mão de obra registrou em setembro uma queda interanual de 4,8%, enquanto o índice de vendas de provedores retrocedeu 2,5% em relação ao mesmo mês de 2016. Por sua vez, o índice de despacho de materiais, que percebe a demanda de materiais de obra, caiu 2,4%, consistente com uma menor provisão de concreto e cimento em relação a 2016. Finalmente, a atividade de empreiteiras generalistas contraiu 2,3% interanual em setembro.

Um segmento que aumentou foi o da aprovação de licenças de edificação, que percebeu expansão de 12,9% interanual em setembro, revertendo gradualmente a tendência contracionista observada nos primeiros meses do ano.