Concrete Show 2017 confirma sinais de recuperação

A décima edição da Concrete Show, realizada em São Paulo na semana passada, deixou o mercado de construção com uma nota de otimismo. Ainda que menor em termos de espaço ocupado e empresas participantes, em comparação com anos anteriores, a feira respirou um sentimento positivo e contou com uma importante presença do público, que encheu os corredores do centro de convenções São Paulo Expo.

Obviamente, não se pode afirmar que a recessão, que em certa medida leva no arrastão a toda a economia sul-americana, tenha de fato terminado. Mas certamente o sinal extraído da Concrete Show foi de recuperação.

Várias empresas reportaram publicamente vendas realizadas durante a feira ou em razão de visitas de clientes a seus estandes. A equipe editorial da KHL, que participou com suas revistas Concreto Latino-Americano e Construção Latino-Americana, obteve informações de empresas como o Grupo RCO, Schwing-Stetter, Putzmeister e outras no sentido de terem vendidos equipamentos pesados. A organização da Concrete Show, por sua vez, informou no final da feira que muitas empresas conseguiram vender, como C3 Equipamentos, Plannix, HM Rubber e Sika, para mencionar só algumas.

Um dado interessante foi que várias empresas afirmaram ter vendido produtos a clientes internacionais, sendo a maioria provenientes de países vizinhos como Argentina e Bolívia, mas também de países africanos como Angola e Zimbábue.

As duas principais associações empresariais que co-organizam a Concrete Show - Abesc e ABCP – relataram avaliações positivas da feira.

“Para a Abesc, o resultado foi muito positivo. Nossas associadas ficaram muito satisfeitas com as vendas, e já reservaram seu espaço para a próxima edição. Creio que esta feira é um ensaio da recuperação econômica”, disse Jairo Abud, presidente da associação das concreteiras brasileiras.

Para o presidente da ABCP e representante das cimenteiras, Ranto Giusti, “mesmo com a instabilidade que continua no país, o sucesso deste evento é um consenso entre todos aqueles com quem conversei”.

De fato o ânimo foi claramente positivo, agora será importante verificar com números futuros se o Brasil finalmente sai da estagnação e volta a movimentar a economia regional.