Chile terá 778 obras paradas com quarentena

As medidas de confinamento anunciadas pelo governo chileno, que começam a vigorar a partir de noite do dia 15 de maio, implicarão que neste período 778 projetos de obra residencial serão paralisados em todo o país (747 deles na região metropolitana de Santiago e 31 nas demais regiões), segundo a Câmara Chilena da Construção.

De acordo com a associação, os projetos afetados somam um total de 103.145 moradias, e em termos de emprego a paralisação pode afetar até 338 mil trabalhadores. Foi informado de que a paralisação destas obras custará também US$ 47,6 milhões por semana, considerando tanto aquelas em Santiago como o restante do país.

“Com as novas quarentenas da Região Metropolitana, a situação do setor se complicará ainda mais, mas é evidente que o aumento dos contágios exige medidas severas. Por isso, é crucial que as pessoas respeitem o confinamento, que só trabalhem aqueles autorizados e que, nestas circunstâncias e quando se levantarem as medidas de lockdown, os projetos apliquem as recomendações do Protocolo Sanitário para Obras de Construção, que nós elaboramos e que busca proteger a saúde dos trabalhadores e da comunidade”, disse Patricio Donoso, presidente da CChC.

Infraestrutura

Com base em informações da Corporación de Bienes de Capital, a CChC estimou que até aqui já foram afetadas (não necessariamente paradas) as obras um total de 158 projetos de infraestrutura privados. Eles representam um investimento de US$ 46,2 bilhões, e nestas obras trabalham cerca de 47 mil pessoas.

No que se refere à infraestrutura pública, a CChC calculou que neste momento são 127 projetos em obra com problemas de execução, que somam um investimento total de US$ 776 milhões. Com relação a projetos sob concessão, são 11 os projetos afetados, com investimento de US$ 2,56 bilhões e que dão trabalho a cerca de 7 mil pessoas.