América Latina possui grande potencial de energia renovável

27 August 2013

Vários países da América Latina pretendem redefinir sua arquitetura energética e tomar decisões com relação ao caminho a seguir, levando em consideração as restrições inerentes a esse tipo de projetos como são as variáveis físicas, sociais e de fronteira entre os países. Assim foi definida a situação atual da região por Rafael Mateos, diretor geral da espanhola Acciona, personalidade que abriu a terceira versão do evento Latam Power Hydro & Renewables Summit, organizado pela BNamericas. O evento foi realizado em agosto, em Santiago, Chile.

“As energias renováveis não convencionais (ERNC) se tornam a única fonte factível para solucionar as carências dos países em desenvolvimento pelo pouco tempo que demora sua execução”, afirmou o executivo, que defendeu que um projeto eólico pode ser instalado em menos de dois anos, enquanto que uma grande hidrelétrica ou uma usina nuclear pode levar mais de uma década. Além disso, “as ERNC têm muito pouco risco já que apresentam um custo variável zero e não estão submetidas aos riscos da economia”, acrescentou.

Belo Monte

Um exemplo claro dos obstáculos que pode enfrentar um grande projeto hidrelétrico pode-se ver no caso do grande projeto hidrelétrico de Hidroaysén, iniciativa que teve seu desenvolvimento estancado devido ao fato da oposição social. Os projetos da Energía Austral, também no sul do Chile, tiveram seu cronograma atrasado. Mas na região, talvez o caso mais emblemático seja o de Belo Monte, projeto situado no estado do Pará, Brasil, e que enfrentou uma série de atrasos, manifestações, greves desde o início da construção há mais de dois anos.

Apesar disso, segundo afirmou no evento o superintendente de planejamento da Norte Energia, empresa responsável pela iniciativa, João Cadamuro, a central hidrelétrica de 11,2GW deverá começar a operar a partir de sua primeira turbina no início de 2015.

Geotermia

A geotermia teve um lugar especial na agenda do encontro. Carlos Barría, chefe da divisão de energias renováveis do Ministério de Energia do Chile, comentou que, até 2030, o Chile espera contar com mil a 1.500 MW operacionais provenientes dessa fonte energética, e ficar entre os dez principais países do mundo com potência geotérmica habilitada.

Nesse sentido, no próximo ano, o país lançará um programa de seguro de perfuração falhada e financiamento para projetos geotérmicos, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial.

Atualmente, o Chile possui 75 concessões de exploração, apesar disso, até o momento não gera nem sequer um único MW geotérmico.

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