XCMG tem boas expectativas para a região

04 December 2014

XCMG generic

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As projeções econômicas latino-americanas não são as mais auspiciosas hoje em dia. Muitos países estão verificando crescimentos planos e, salvo exceções, não se observa um crescimento radical. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), o conjunto das economias registraria um aumento médio de 1,1% este ano e 2,2% em 2015.

Nada disso perturba muito a paz de espírito da gigante de equipamentos chinesa XCMG, que vê na região um importante mercado de exportação. De fato, atualmente a América Latina recebe cerca de 25% das vendas internacionais da companhia. Segundo disse em entrevista exclusiva à Construção Latino-Americana o gerente geral da empresa Hanson Liu, “não importa a condição da macroeconomia se se tem o fator de investimento em infraestrutura”.

A respeito disso, é interessante constatar que de acordo com a Cepal, o investimento em países como a Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá e outras economias da América Central cresceu a taxas superiores a 5%, ao mesmo tempo em que se contraiu em lugares como Argentina, Brasil, Chile e Venezuela.

O alto executivo está consciente das distintas realidades regionais, e enquanto mantém atenção com o momento difícil por que passam as economias argentina, venezuelana e brasileira, prefere ressaltar a situação de países como a Colômbia e a Bolívia. O preço das matérias primas é também um fator considerado por Liu, embora ele demonstre confiança no futuro com os crescentes investimentos em infraestrutura. Segundo ele, antes eram três os principais fatores que impulsionavam a economia: força de trabalho, recursos e capital, mas agora um novo fator teria sido incorporado: a infraestrutura. “Em geral, há acordo em um ponto comum, a infraestrutura é um fator determinante para o desenvolvimento. Claro que há muitos desafios, mas estamos otimistas porque a América Latina tem espaços de desenvolvimento e muitos recursos”, afirma.

Em relação ao crescimento esperado para 2015 em termos de vendas na região latino-americana, Luiz Barreto, gerente de inteligência de marketing da XCMG, calcula que “a empresa experimentará um crescimento de entre 8% e 10% no Brasil”, número que Liu prevê que poderá acontecer no restante da região também.

A desaceleração pode até mesmo se converter em oportunidade para a asiática, diz o executivo, afirmando que as companhias agora estão vendo como reduzir seus custos em equipamento, e dá como exemplo a multinacional de mineração Rio Tinto, que está terceirizando seu maquinário na China.

Presença regional

A XCMG inaugurou em meados deste ano sua primeira fábrica fora da China, em Pouso Alegre, Minas Gerais. Com capacidade para produzir até 7 mil máquinas ao ano, a nova instalação produz escavadeiras, motoniveladoras, guindastes sobre rodas e carregadeiras.

Segundo Leo Zhang, gerente de vendas para América & Oceania, “atualmente a fábrica brasileira supre a demanda local, mas a ideia é fazer que ela abasteça o restante dos países”. Tanto Zhang como Barreto destacaram que a maioria dos produtos da nova instalação já conta com o selo Finame para aquisição mediante crédito facilitado pelo BNDES.

A companhia, que também conta com uma instalação de peças e serviços em São Paulo, está além disso potencializando sua presença na região através de distribuidores. Hoje, a empresa conta com cerca de 50 delaers na região. Segundo comenta Barreto, só no Brasil a XCMG tem ao redor de 25, número que espera duplicar até 2020.

Bauma China

A XCMG aproveitou-se da realização da Bauma China, que aconteceu entre 24 e 28 de novembro em Xangai, para apresentar mais de 40 máquinas em um estande de quase 5,2 mil metros quadrados. “Todos os equipamentos expostos completamente novos”, afirmou Liu.

Um dos maiores atrativos foi sem dúvida a carregadeira sobre rodas LW1200K, que com peso operacional de 48 toneladas e uma pá de 6,5 metros cúbicos é uma das maiores carregadeiras jamais fabricadas na China.

Na parte de motoniveladoras, a nova GR215K, de 16,5 toneladas, cujo desenho gera é novo, conta com melhor ambiente de cabine e um sistema de controle mais fácil de operar.

A empresa também usou o evento para entrar no mercado de plataformas aéreas de tesoura com sua GTJZ18, máquinas com altura máxima de 18 metros e 800 kg de capacidade. A gama de tesouras da empresa também incluirá modelos elétricos de entre 6 e 12 metros.

Também dentro do rango dos equipamentos de acesso, a marca apresentou a GTBZ26A, plataforma com altura de até 25,6 metros e capacidade de 400 kg.

A XCMG está no mercado de plataformas aéreas há vários anos através de máquinas de lança telescópica e lança articulada, mas segundo Hanson Liu, agora a companhia espera dar a elas mais espaço no portfólio. “Produzimos este tipo de equipamento de acesso como parte de nossa divisão de guindastes, dadas as sinergias em termos de tecnologias. Antes não se designavam maiores recursos, mas vemos que a locação está se tornando um mercado cada vez mais importante e por isso enfocamos essa agora como uma divisão independente”, concluiu o executivo.

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