Webinar Sobratema atualiza tendências do mercado da construção

Aconteceu na tarde desta quinta-feira (22), o Webinar Sobratema ‘Atualização das Tendências no Mercado da Construção.’

Em foco a análise do mercado de máquinas para construção em 2021.

Especialistas do setor, convidados pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), apontaram perspectivas para os próximos seis meses.

Os equipamentos de “linha amarela” não desapontaram e superaram o percentual estimado que até então era de 20%, revelou o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção.

“Tanto na infraestrutura quanto imobiliário, o crescimento é turbinado por fortes investimentos, que geram grandes oportunidades. Assim a demanda aumentou a e indústria não conseguiu acompanhar e não foi só no Brasil.”, disse o engenheiro Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

Adversidades pandêmicas x ressignificação

São muitas as implicações que a proliferação do vírus causou na construção civil. Lockdown, paralização de serviços, de produção e medo do futuro, foram motivos de muita preocupação para o setor.

Construtoras foram afetadas porque dependem de agilidade e controle para cumprir prazos, reduzir custos e melhorar resultados. Mas o Brasil, dotado de resiliência, soube se adaptar e se esquivar dos resultados nefastos previstos. Muito se deve à essa estoicidade com ideias implementadas através de ações de mudança, com uma dose de inovação, coragem e elasticidade que trouxerem resultados positivos apesar dos pesares.

Brazil equipment forecast 2021

Para o gerente geral de projetos da Messe Muenchen do Brasil, Rafael Rinaldi, as inovações e investimentos que estão surgindo são importantes: “Há muita novidade sendo trazida. Temos um cenário que possibilita muito investimento, como ‘Infra Week’ que prevê 30 milhões para o setor, por exemplo. Muita oportunidade de negócio para aumentar vendas de equipamentos, peças, de melhorias para produtividade da indústria da construção.”

Mario Anibal Miranda – consultor da Sobratema complementa: “Esse ano a demanda real de equipamento foi 10 pontos maior. O volume de negócios realça um otimismo muito grande. 13% acreditam das empresas consultadas avaliou que 2021 foi muito melhor que 2020. Estamos falando de 33 pontos percentuais para esse ano em termos de volume real de negócio. Há uma alavancagem em demanda e volume dessa forma.”, relata.

Impulsionam oportunidades:
  • Novo marco do Saneamento Básico = R$ 500 a R$ 700 bilhões em investimentos no setor
  • Continuidade do cronograma de concessões e PPPs (Parcerias público-privadas)
  • Custo do capital x ciclo de alta da taxa Selic
  • Construções residenciais com elevação positiva
  • Recuperação de arrecadações
  • Cenário global compatível e cíclico impulsionado pela vacinação
  • Ano eleitoral se aproximando onde historicamente há investimentos maciços em Infraestrutura
Olhar para o futuro e credulidade:

Em sondagem feita com 46 empresas pela Sobratema sobre os maiores desafios vividos e após 15 meses de pandemia, que modificou o mundo dos negócios, como variação preço máquinas e equipamentos e variantes como disponibilidade e prazos para serem cumpridos e muitos outros, grande parte se mostrou esperançosa.

“O mercado está otimista e confiante de que podemos alcançar um patamar acima das 25 mil máquinas vendidas, nos aproximando aos melhores índices obtidos pela indústria entre os anos de 2012 e 2014”, antecipou Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema e moderador do evento.

O primeiro trimestre de 2021, mostrou a liderança da agricultura, agrobusiness e florestal em termos de desenvoltura e há expectativa de ainda mais crescimento.

A previsão de vendas para 2021, versus 2020, é crescer 25%, incremento mais robusto do que foi previsto em estudos anteriores. Esse mercado ainda vai evoluir até o fim do ano e de 2020 e comparado com 2019 o mercado cresceu 14%.

Encontra-se assim um cenário bastante positivo e que poderia ser mais sólido não fossem fatores como o impacto com a disponibilidade de equipamentos.

Ajustes de rota:

Não é pouca coisa: 6% de crescimento em participação de equipamentos importados. Em parte, por desvalorização real perante o dólar, em comparação com 2020, mas como o atenuante de que o mercado se ajustou aos novos preços, e à essa variação da moeda americana.

Ou seja, setor mantém a expansão mesmo com o aumento dos insumos, como ferro, aço e cimento, que deixaram as obras mais caras – a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) projeta que a área deverá ter, em 2021, o maior crescimento em oito anos.

Para um dos palestrantes, o consultor Yoshio Kawakami, existem ainda os ‘riscos de curto e longo prazo de um mundo em transformação e um setor que ainda precisa tratar de um ecossistema digital que em 10 anos mudará ganhos de produtividade e eficiência, com resultados muito diferentes.’

Crescimento sustentável:

Um crescimento sustentável das empresas, gera planejamento de investimentos, visualização de quantas máquinas serão compradas, quanto investir em treinamentos e pessoas. Um ‘forecast’ para 2022, é de 5% para a ‘linha amarela’.

Para 83% das empresas ouvidas, elas vão crescer muito em 2021.

Se considerar o ano seguinte, essa confiança é maior: sobe para 93%.

Muito otimismo imperando entre as empresas. Para as companhias é crível melhorar ainda mais com os anos.

Panorama:

Para Luis Artur Nogueira, jornalista e economista, assertividade e cautela se misturam: “Não há nenhuma dúvida de que do ponto de vista econômico se 2020 foi de recessão, 2021 foi e é de recuperação. Basta analisarmos números no mundo. Mundialmente o PIB encolheu 3,6 % ano passado enquanto 2021 cresceu 6%. Está mais do que caracterizada a retomada econômica mundial. Mesmo com os riscos de novas variantes como Delta, que causam apreensão, no entanto em todos os cenários de novas variantes as vacinas são sim fortes para combatê-las. Outro risco é do atraso dos países mais pobres que, se ficam para trás em termos de vacinação, são constantes fabricas de novas variantes e as nações desenvolvidas devem atentar a isso.”, avalia.

No entanto algumas medidas precisaram de atenção e foram irrefutáveis neste caminho, como esforço de crédito para pequenos empreendedores, adiamento pagamento impostos, flexibilização de leis trabalhistas e a volta do auxílio emergencial.

“Vacina, ajuste fiscal, reformas e estabilidade institucional são fatores que sim creio, levarão o Pib do Brasil à uma alavancada de +4,5% em 2021, contra a perda de -4,0% do ano passado.”, acrescenta Luis.

Apesar das incertezas advindas de fatores como o ano eleitoral, que geram certo conservadorismo, otimismo prevalece e setor no país mantém aura positiva que lhe é peculiar.

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