Votorantim Cimentos usa 1,3 milhão de toneladas/ano de resíduos e biomassas na produção industrial

Empresa transforma materiais em combustível alternativo para reduzir emissão de CO2

A indústria brasileira do cimento é reconhecida mundialmente pelos avanços significativos na redução da pegada ambiental e contribuição com as metas globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).

O tema, constantemente debatido entre líderes mundiais e empresas, ganha ainda mais relevância na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi ontem, 5 de junho.

Coprocessamento de CDR (Combustível Derivado de Resíduo) na fábrica de Rio Branco do Sul, Paraná.

O setor tem como compromisso avançar em iniciativas que reduzam suas emissões de carbono (CO2) e os desafios climáticos do planeta. A indústria global do cimento é responsável por 7% de todo o CO2 emitido pela ação humana no mundo. Já no Brasil, a participação do setor é de 2,3% - cerca de um terço da média mundial segundo Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases Efeito Estufa não Controladas pelo Protocolo de Montreal.

A Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, é um exemplo de indústria do setor que tem avançado em suas metas de descarbonização. Entre 1990 e 2022, a empresa reduziu 24% as emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido no mundo. Em 2022, o resultado global de emissões da companhia foi de 579 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido, uma redução de 3% em comparação com o ano de 2021.

Uma das principais alavancas para esse resultado é o coprocessamento, uma tecnologia que substitui o combustível fóssil por outros materiais, como resíduos e biomassas, nos fornos de produção de cimento. No Brasil, no ano passado, 31,3% do combustível utilizado pela Votorantim Cimentos em suas fábricas foram de origem alternativa.

A empresa também realizou investimento de R$ 27 milhões para modernizar suas fábricas no país e viabilizar o aumento do coprocessamento. Em 2022, a empresa utilizou 1,3 milhão de toneladas de resíduos e biomassas nas operações brasileiras – registrando um crescimento de 20% em relação a 2021, quando foram coprocessados 1,1 milhão toneladas.

“O coprocessamento cria uma cadeia de vantagens ambientais, sociais e econômicas. É uma tecnologia que destina os resíduos de forma sustentável, dentro do conceito de economia circular, e diminui a emissão de gases que causam o efeito estufa. Pneus no fim da vida útil, resíduos urbanos, como os materiais não recicláveis que vão para aterros, biomassas como caroço do açaí e resíduos industriais, são alguns dos exemplos dos resíduos que utilizamos”, explica Fabio Cirilo, gerente de Sustentabilidade e Energia da Votorantim Cimentos.

A Votorantim Cimentos é pioneira no uso de combustíveis alternativos no Brasil desde 1991. O primeiro resíduo utilizado foi o pneu e desde então a companhia vem pesquisando novos materiais que possam substituir o coque de petróleo como combustível nos fornos de fabricação do cimento, chamado de coprocessamento. Em 2019 foi criada a Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos que atua na cadeia de soluções ambientais auxiliando as indústrias, comércio e agronegócio a dar um novo valor para seus resíduos. No Brasil, 15 fábricas da Votorantim Cimentos fazem coprocessamento ou possuem licença para operar com combustíveis alternativos, dando um novo valor para essas matérias primas e contribuindo para a jornada de descarbonização da empresa.

Jornada de descarbonização – A meta de descarbonização da Votorantim Cimentos para 2030 é atingir de 475 kg de CO2 por tonelada de cimento, que representa uma redução de 24,8% das emissões comparadas ao ano-base de 2018.

A estratégia da companhia está pautada em quatro grandes pilares: o coprocessamento, que é a substituição do combustível fóssil nos fornos de produção do cimento por outros materiais, especialmente biomassas e resíduos; o uso de cimentícios, que é a substituição do clínquer - o principal responsável pela emissão de CO2 no processo produtivo de cimento – por subprodutos vindos de outras indústrias; a eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia, com hidrelétricas próprias e investimentos em energia solar e eólica; e o desenvolvimento de tecnologias, uso de processos inovadores, novos materiais, captura, uso e armazenamento de carbono, desmaterialização da cadeia de valor, parcerias com diversas entidades e academia para, cada vez mais, otimizar os recursos e reduzir a intensidade do carbono.

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