Votorantim Cimentos encerra segundo trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 470 milhões

Em julho, a Votorantim Cimentos firmou um contrato de financiamento com a International Finance Corporation (IFC) no valor de US$ 150 milhões, com compromissos de sustentabilidade atrelados e prazo de dez anos para financiar o projeto de modernização da fábrica de cimento em Salto de Pirapora (SP).

A Votorantim Cimentos encerrou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 470 milhões, crescimento de 28% em relação ao resultado de R$ 366 milhões obtido no mesmo período do ano passado.

A companhia obteve receita líquida global de R$ 6,9 bilhões no trimestre, aumento de 3% em relação ao 2T22, devido, principalmente, à contribuição de volume adicional da fábrica de Málaga, localizada no Sul da Espanha, adquirida em novembro de 2022. No segundo trimestre de 2023, as vendas globais de cimento da empresa somaram 9,5 milhões de toneladas, ligeira queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Receita líquida global da companhia foi de R$ 6,9 bilhões, crescimento de 3% em relação ao 2T22. Foto: Votorantim

“Em 2023, aceleramos a captura das sinergias dos mais de R$ 5 bilhões investidos em fusões e aquisições nos últimos dois anos e aumentamos nossos investimentos em competitividade, negócios adjacentes e descarbonização. Em paralelo, mantivemos nossa tradicional disciplina financeira que, juntamente com uma gestão eficiente de margens e o desempenho nos países de moeda forte, nos levaram a registrar os resultados positivos do primeiro semestre”, afirma o CEO global da Votorantim Cimentos, Osvaldo Ayres Filho.

A companhia encerrou o segundo trimestre com EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado consolidado de R$ 1,6 bilhão, crescimento de 17% na comparação com mesmo período de 2022, decorrente de melhores resultados operacionais, principalmente nas regiões da América do Norte (VCNA) e Europa, África e Ásia (VCEAA) e do impacto positivo da nova fábrica na Espanha. A margem EBITDA no período foi de 23%, aumento de 3 pontos percentuais sobre o segundo trimestre de 2022.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado, fechou o primeiro semestre de 2023 em 1,64x, alinhada aos indicadores de grau de investimento e em conformidade com a política financeira da companhia. O resultado representa uma redução de 0,14x e 0,35x comparado ao 1T23 e ao 2T22, respectivamente.

Em junho, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou a nota do perfil de crédito independente da Votorantim Cimentos de “bb+” para “bbb-”, considerando a companhia com grau de investimento no perfil independente. A S&P também reafirmou a nota de crédito global da companhia em “BBB-” com atualização na perspectiva para positiva. A Moody’s também reafirmou a nota de crédito global da Votorantim Cimentos em “Baa3” com perspectiva estável.

“Seguimos operando com sólidas métricas financeiras e elevada liquidez, o que levou à melhora da nota atribuída à Votorantim Cimentos pela S&P Global Ratings e à confirmação da nota de crédito da Moody´s. Fechamos o semestre com redução da alavancagem e mantendo nossa disciplina financeira. Destaco também o financiamento com a International Finance Corporation, que ilustra o alinhamento entre as áreas de finanças e de sustentabilidade para o avanço nas agendas ESG e de descarbonização da companhia”, diz a CFO Global da Votorantim Cimentos, Bianca Nasser.

Fabrica de Malaga na Espanha. Foto: Votorantim Cimentos

Em julho, a Votorantim Cimentos assinou contrato de financiamento de US$ 150 milhões e prazo de dez anos com a International Finance Corporation (IFC), maior organização de desenvolvimento voltada ao setor privado em países emergentes e membro do Grupo Banco Mundial. A Votorantim Cimentos é a primeira cimenteira brasileira a firmar com a IFC um contrato conectado a indicadores de sustentabilidade. O investimento será destinado à fábrica de Salto de Pirapora (SP) e visa aumentar o nível de substituição térmica e reduzir as emissões de CO2. O projeto faz parte da estratégia de sustentabilidade de longo prazo da empresa e a previsão é de que seja concluído até 2028.

Desempenho por região

No Brasil, a receita líquida da Votorantim Cimentos ficou estável em R$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2023 comparada ao mesmo período do ano passado, apesar de um cenário de demanda mais adverso. Já o EBITDA ajustado no trimestre ficou em R$ 567 milhões, impactado pela dinâmica de mercado no negócio de cimentos. O crescimento nos negócios adjacentes mitigou parcialmente o resultado operacional.

Na América do Norte, a receita líquida atingiu R$ 2,3 bilhões no 2T23, aumento de 12% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, resultado impulsionado pela gestão de preços no Canadá e Estados Unidos, mercado que manteve sólida demanda nos Estados Unidos no período. O EBITDA ajustado na região foi de R$ 647 milhões no segundo trimestre, crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2022, o que impulsionou o crescimento das margens.

Na Europa, Ásia e África, a receita líquida da Votorantim Cimentos aumentou 16% no segundo trimestre de 2023 comparado ao 2T22, atingindo R$ 975 milhões. O resultado positivo é explicado principalmente pela dinâmica de preços em todos os países nos quais a companhia opera e pela dinâmica positiva de mercado na Espanha, além da completa integração da nova fábrica em Málaga, aquisição concluída em novembro de 2022 O EBITDA ajustado da região foi de R$ 312 milhões no trimestre, crescimento de 87% em relação ao mesmo período do ano passado, resultado principalmente da dinâmica positiva de margens em todos os países, especialmente Espanha e Turquia, além das sinergias capturadas com as aquisições realizadas na Espanha.

Na América Latina, a receita líquida no segundo trimestre do ano foi de R$ 200 milhões, redução de 2% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado foi impactado pela dinâmica nos mercados no Uruguai, com queda de volume, e na Bolívia, com redução de preço. O EBITDA ajustado na região foi R$ 37 milhões no 2T23, queda de 11% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além do cenário macroeconômico e do mercado competitivo no Uruguai e na Bolívia, a pressão da inflação de custos e as manutenções programadas no trimestre também contribuíram negativamente para o resultado. Adicionalmente, sinergias operacionais devido à unificação das atividades industriais na cidade de Minas, no Uruguai, já estão sendo capturadas.

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