Volvo trará equipamentos elétricos para a América Latina

No segundo semestre deste ano, alguns modelos elétricos da Volvo CE começarão a chegar à América Latina, disse Luiz Daniel, presidente da empresa para a região, à Construcción Latinoamericana.

Luiz Daniel presidente da Volvo CE Latinoamérica. (Foto: KHL)

Entre os primeiros modelos que estrearão na América Latina estão as carregadeiras frontais L20 e L25, além da escavadeira compacta ECR25.

Também, até ao final de 2024, está prevista a entrada de mais um equipamento elétrico na região, é o SE230, que esteve em exposição durante a Conexpo e que hoje se dedica aos mercados europeu e norte-americano.

Este impulso elétrico não é surpreendente, a meta da Volvo é que até 2030 35% de seus equipamentos sejam elétricos. E até 2040 a meta é que todas as máquinas usem eletricidade ou algum combustível alternativo.

Outra novidade da marca no estande, mas desta vez com tecnologia tradicional, foi a escavadeira de esteiras EC500, um protótipo de máquina de 50 toneladas projetada para aplicações pesadas como construção civil e rodoviária, pedreiras e serviços públicos, e que no nos próximos anos deve chegar em algum momento da América Latina para substituir o EC480.

Soluções de infraestrutura elétrica

Embora os equipamentos elétricos sejam uma forte tendência atualmente, sempre há um aspecto que produz algum nível de incerteza em sua aplicação, que é a necessidade de ter energia para poder realizar as cargas. Para isso, a Volvo teve três soluções expostas em seu estande da Conexpo. “Existem maneiras de lidar com essa questão de infraestrutura”, diz Daniel. A Volvo tinha em exposição um sistema de abastecimento que funciona 100% com energia solar, então pode estar basicamente em qualquer lugar, e armazena a energia do sol; existe ainda a possibilidade de ter um carregador portátil que pode ser acoplado a qualquer caminhão e que pode oferecer entre quatro e cinco cargas completas; e um sistema de alimentação que pode ser conectado a uma rede elétrica.

Resultados 2022

O ano passado foi positivo para a região, com vendas crescendo perto de 20%, segundo Daniel. “Foi um ano interessante, com praticamente todos os mercados apresentando alta, mas não sem desafios logísticos e de abastecimento”, disse o executivo.

Sendo a América Latina uma região com força no mercado de commodities, além de equipamentos de construção, o setor de mineração tem sido muito atrativo para a empresa, mas também está entrando com força no setor agrícola, que aos poucos vem se adaptando mais equipamentos de construção para uso.