Versátil e potente

26 January 2016

El uso de grúas montadas sobre camión está aumentando en Latinoamérica dada su versatilidad y capaci

El uso de grúas montadas sobre camión está aumentando en Latinoamérica dada su versatilidad y capacidad de trabajar en diversos tipos de terreno

Os guindastes articulados veiculares são equipamentos de muita versatilidade. Basicamente, permitem carregar e descarregar mercadorias do próprio caminhão, ou transportar elementos dentro do raio de ação do guindaste, permitindo uma maior independência da operação sem requerer maquinário auxiliar, como seria o caso das empilhadeiras. O equipamento está formado por duas partes principais: a primeira delas é o próprio caminhão sobre o qual será montado o guindaste, o qual exige somente um cavalo mecânico e um chassi – e que geralmente deve ser adquirido previamente – e em segundo lugar o guindaste em si, que é montado e adaptado pela empresa provedora da máquina.

O tamanho do guindaste a ser instalado dependerá diretamente da tonelagem do caminhão, o número de eixos e sua potência. Tendo esses aspectos em consideração, estes equipamentos podem ser adaptados praticamente a todos os modelos de caminhão.

As máquinas consideradas pequenas são as que têm capacidade de carga de até três toneladas métricas, e em geral se instalam sobre caminhões de 3,5 toneladas. São simples e facilitam o trabalho de movimento de cargas leves sobre muitos tipos de terreno.

Os chamados guindastes leves podem carregar até 14,2 toneladas métricas em média e também podem ser instalados sobre caminhões pequenos de 3,5 toneladas. Além disso, se adaptam facilmente aos veículos maiores (32 toneladas), o que lhes permite maior potência, versatilidade e confiabilidade.

Os médios são os de capacidade de até 21,3 toneladas métricas e são utilizados nos trabalhos de maior demanda. Esse é considerado o modelo de guindastes veicular mais usado do mercado, e por isso as marcas estão sempre estudando uma maneira de melhorar esse formato em particular. Uma das principais preocupações tem relação com a redução do peso do equipamento, tentando incrementar sua potência sem danificar o caminhão.

Os guindastes que suportam maior tonelagem são denominados guindastes pesados. Eles têm uma capacidade de carga de até 84 toneladas métricas.

Mercado

Em geral, as multinacionais de equipamentos de construção têm o mercado latino como uma região de negócios muito importante. Segundo Jorge Neriz, diretor de vendas da Fassi na América Latina, “o mercado de guindastes veiculares na América Latina apresenta as maiores taxas de crescimento e projeção para nossa empresa em nível mundial. A região é vista como um mercado em processo de amadurecimento rápido e consistente”.

Em entrevista à CLA, Neriz comenta que com a queda dos preços dos commodities, as vendas caíram um pouco, mas está consciente de que cada país tem sua realidade individual. Para ele, muito mais que enfrentar a crise, o mais difícil é lidar com a competição. “Muitos produtores estão nessa região”, afirma.

Os equipamentos Fassi são produzidos na fábrica italiana, e segundo a companhia o principal foco de atenção é manter a cultura laboral europeia que se imprime em cada unidade, muito além da consideração de custos. O executivo conta que “o mesmo guindaste usado no Chile é usado em Roma. A chave é um serviço de pós-venda de qualidade, com mão de obra especializada para a montagem do equipamento sobre o caminhão, garantia de peças e insumos originais, além de um trabalho contínuo de engenharia que garante a estabilidade e o peso por eixo na montagem.

Segundo Neriz, entre as opções que a companhia oferece ao mercado latino, uma é a F235.A.0.25, que no ano passado teve 11 unidades vendidas para a distribuidora ImerChile. Este guindaste, com uma capacidade de elevação de 21,3 toneladas métricas e alcance de 23,60 metros (com jib), pode ser montado sobre caminhões de 6,2 metros e possui uma unidade de controle remoto por rádio para compartilhar o fluxo de trabalho.

A Fassi se encarrega da montagem sobre os caminhões e dos equipamentos para garantir a segurança na instalação e funcionamento, pois aplica seus estudos correspondentes. “O objetivo principal é que nosso cliente saia com uma unidade que funcione 100%, cumpra com suas expectativas e com a totalidade do trabalho para o qual foi requerido. O trabalho, aliado à segurança, resultará, sem dúvidas, em um cliente feliz e que voltará a comprar”, finaliza Neriz.

Outro guindaste é o F545RA xe-dynamic, o último modelo fabricado pela Fassi e que se incorpora à gama XE. Trata-se de um equipamento totalmente novo, desenvolvido para completar a gama de guindastes de grande capacidade de elevação como os modelos F485RA xe-dynamic e F560RA. O objetivo é ter um guindaste com capacidade de mais de 50 toneladas métricas com dimensões adequadas para uma instalação de três eixos. O novo F545RA tem rotação contínua, com opção de motorredutor duplo, e vem de série com o sistema de controle FX500 distribuidor hidráulico D850, rádio controle Fassi RCH/RCS e controle de estabilidade FSC-S ou H. Este equipamento pertence a uma classe que oferece um máximo de elevação de 53 toneladas métricas, e tem uma extensão hidráulica máxima de 20,80 metros, que chega até os 24,90 metros na versão de oito braços extensíveis mais prolongações manuais.

A companhia destaca, além disso, o resultado alcançado com seu modelo F485RA. Esse novo guindaste oferece maior capacidade de elevação (10%) com um simples aumento de peso de 3% e um aumento de 85 mm em suas dimensões. Isso foi possível com a combinação de estabilizadores capazes de alcançar 7,8 metros de extensão para garantir a estabilidade, inclusive em elevações complexas.

Os equipamentos foram submetidos a prova de fadiga de 200 mil ciclos de trabalho para comprovar sua confiabilidade.

Simone Porta, export sales da companhia, conta que a empresa está fechando negócios na Argentina e no Brasil, neste último com a criação de uma filial direta, além de distribuidores no Chile, Peru, México, Uruguai, Colômbia e Venezuela. “A América Latina é cada dia mais importante no cenário estratégico mundial do setor de guindastes. Países emergentes que conseguiram ter um constante crescimento nos anos de crise europeia estão vivendo agora um momento de desaceleração econômica. Sabemos que isso é normal e parte da alternância do clico econômico”, comenta Porta.

A italiana PM também fabrica guindastes montados para o mercado latino. Antonino di Marco, gerente de vendas para a América Latina, acredita que o último período para o setor de guindastes veiculares não foi o melhor, dados vários eventos econômicos negativos em nível mundial e que afetaram a região por meio de fortes desvalorizações monetárias e quedas históricas nos preços. Ainda assim, o executivo opina que 2015 foi bom para os negócios da companhia, que foi recentemente comprada pelo grupo norte-americano Manitex International Inc.

A compra da companhia gerou a ampliação da oferta de produtos e apresenta mais expectativas para 2016. “Em 2016 nos enfocaremos no canal dos distribuidores, reforçaremos a presença de nossas filiais nos países onde já estamos presentes; em uma palavra, estamos semeando para o futuro próximo, onde chegaram os melhores preços para nosso mercado”.

Presente em países como Argentina, Chile e México, Di Marco comenta que a empresa está preparando para esse ano o lançamento de um novo conceito em guindastes veiculares especiais para interiores, os VALLA.

Segundo conta o executivo, a companhia investe muito em trabalhar a versatilidade dos equipamentos, o que se garante com um constante trabalho dos departamentos de engenharia, marketing e comercial para trabalhar o pós-venda e atender as demandas individuais dos clientes. “Hoje, um guindaste sobre caminhão da PM pode ser configurado para as necessidades especificas de cada trabalho que o proprietário necessite”, sinaliza. “Para seguir o conceito da nova dona do grupo, nossa área de aquisições está sempre buscando alternativas e opções de aço e peças mais leves para reduzir os custos de produção”, finaliza Di Marco.

Na América Latina a empresa colaborou em vários projetos com grandes empresas e instituições, onde aplicou essa visão. Em particular, destacam-se dois projetos: colaboração com a Comissão Nacional da Água (Conagua) do México e com o exército chileno.

Para o projeto mexicano, realizado em 2014, foram vendidos 25 guindastes PM 30523 mais guinchos e equipamentos de resgate.

O projeto com o exército chileno requereu um modelo de guindaste pequeno, o PM8523, com kit de comando e um sistema de ativação de bomba hidráulica com roldanas. “O veículo não tinha tração, e além de ser personalizado em cor militar, tivemos que buscar uma Certificação Dictuc (outorgada por uma universidade chilena) segundo padrões militares, que avalia vibração, soldagem, cálculo de estabilidade e distribuição de peso. Durante a montagem personalizada do guindaste no carro militar foi realizada uma prova em campo de esforço e estabilidade”, detalha ele.

A japonesa Tadano também, ainda que de maneira discreta, atua no cenário de guindastes veiculares na América Latina. Kenji Munezawa, diretor geral da Tadano Panamá acredita que existe um grande potencial para esse mercado devido ao seu baixo custo em relação aos guindastes convencionais. “Os guindastes veiculares são mais baratos, por isso mais comuns no mercado latino, além disso são mais versáteis, e podem ir a qualquer lugar, o que é uma vantagem para os grandes territórios da região”, afirma o executivo.

A empresa atua na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e República Dominicana por meio de revendedores. No Brasil e no Panamá, existem duas empresas que pertencem ao grupo: Tadano Brasil, que apoia diretamente as vendas e serviços a todos os clientes brasileiros, e a Tadano Panamá, que oferece suporte de marketing e serviços para os concessionários. E vêm conseguindo aumentar sua presença na região melhorando continuamente o serviço para os clientes.

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