Super produção de cimento boliviano pede ser utilizado
09 October 2019
A Bolívia conta com uma capacidade de produção de cimento de 5,8 toneladas anuais. Hoje, o país produz cerca de 4 milhões por ano, por isso é que alguns especialistas coincidem na necessidade de executar alguns dos projetos de infraestrutura estratégicos pendentes, especialmente projetos hidroelétricos e rodoviários.
Segundo o jornal Los Tiempos, a produção de cimento em 2018 foi de 3,8 milhões de toneladas e o consumo beirou os 3,9 milhões. Os dados, entregues pelo Instituto Nacional de Estadística (INE) boliviano, evidenciam que a capacidade instalada das cimenteiras bolivianas consegue abastecer de sobra à demanda interna do país.
A Soboce, Cobece, Francesa, Itacamba e Ecebol, em conjunto, chegam às 6 milhões de toneladas por ano, pelo que Jose Padilla, especialista em cimento e mineração estima que o país mostra uma superprodução do insumo, e chama ao governo a retomar projetos de infraestrutura de grande porte. Nessa linha, Padilla considera necessário executar o Hub Viru Viru, as hidroelétricas Rositas, Oquitas, Cachuela Esperanza e El Bala; o porto Busch, que permitirá uma saída soberana ao Atlântico e vários projetos rodoviários, entre outros. Padilla agrega também que “20% do orçamento de uma obra vai para cimento”.
Todos esses projetos” podem gerar maior consumo de cimento, e por isso é importante que o governo trabalhe com os empréstimos que pudesse fazer, ou atrair empresas privadas ou alianças público-privadas, para fazer estas obras”, complementou. O economista Luis Fernando García coincide com Padilla e afirma que as fábricas bolivianas têm a capacidade de abastecer de cimento a projetos de grande porte, mas considera que o país não conta com os recursos econômicos para isso e, por tanto, deve aumentar a sua dívida externa.