Setor de cimento na Costa Rica vai desconcentrar

A empresa mexicana Cementos Fortaleza, parte do grupo Elementia, vai competir no mercado da Costa Rica a partir de 2018; o primeiro passo dado foi a abertura de uma nova fábrica em Esparzas, com um investimento de US$ 17 milhões. Assim, a Fortaleza entra para quebrar a situação de domínio da Cemex e da Holcim no mercado do país, empresas que detêm até agora 98% do mercado cimenteiro na Costa Rica.

O ponto de operações é estratégico para a cimenteira mexicana, pois está próximo ao porto de Caldera, com fácil acesso à rodovia 27 e próximo da linha de trem, o que beneficiará a distribuição do produto, com logística provida pela Plycem. O grupo Elementia, que também é dono da Plycem, vai produzir aproximadamente 60 mil toneladas por ano, num espaço de 40 mil metros quadrados.

A cimenteira mexicana apostará por abastecer o mercado nacional com um produto de melhor qualidade ao que até o momento se encontra na Costa Rica, segundo comunicado oficial.

Outro dos objetivos é que a Plycem possa abastecer-se de sua principal matéria-prima, que é o fibrocimento, sem recorrer a custos de produção adicionais. “Vamos nos concentrar no auto-consumo e satisfazer as necessidades do mercado costarriquenho, posteriormente veremos se há possibilidades de exportar a partir daqui”, afirmou Óscar Fonseca, diretor geral da Plycem para a América Central.

Com o objetivo de melhorar a competitividade e tornar os preços atrativos para os consumidores, o ministério da Economia, Indústria e Comércio eliminou várias restrições, entre elas a venda de cimento a granel no mesmo dia da produção, comercialização dentro de 45 dias posteriores ao ensacamento e a exclusividade de sacos de 50 quilos. Com isso, foram derrubadas as barreiras de entrada que favoreciam ao duopólio do cimento no país.