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27 March 2017

Los compactos conquistaron una parte del mercado en países desarrollados, y se preparan para la rec

Los compactos conquistaron una parte del mercado en países desarrollados, y se preparan para la recuperación latinoamericana

Pode-se demorar em perceber a lógica e as vantagens de algo novo, mas se ela está lá, cedo ou tarde será notada. Assim devem pensar, ou deveriam, os provedores de equipamentos compactos de construção ao colocar em perspectiva o crescimento na América Latina.

Acostumado a usar as retroescavadeiras para uma enorme variedade de funções, o mercado latino-americano já tem opções que multiplicam as vantagens comparativas quando se trata de aplicações menos exigentes ou em espaços urbanos. A oferta de compactos cresce e gera expectativa entre as empreiteiras.

Já não é possível ignorar que muitas vezes aquela velha retro vai consumir muito mais diesel em aplicações de menor exigência do que um compacto. Ou que seus estabilizadores podem danificar o solo de um local que não seja exatamente um canteiro de obras. Ou mesmo que o tempo que se levará para chegar ao local de serviço, com motor ligado e dirigindo entre os carros na cidade, é muito maior e mais caro do que um caminhão leve com um compacto de 8 toneladas de peso operacional (e que vai com motor desligado).

A lógica é clara. E por isso em algum momento deixaremos as grandes retroescavadeiras em seus lugares ideais de trabalho, como as operações de mais exigência de força, em canteiros abertos e com ciclos de trabalho mais longos. Quando este dia chegar, as cidades latino-americanas verão compactos em seus locais de serviço, e notarão como as pequenas obras se concluirão mais rapidamente.

Avanços rápidos

Nos mercados desenvolvidos, esta lógica já está clara e é aplicada, e os compactos são um segmento de mercado estabelecido. Em consequência, o que neles se avança em termos de modelos novos de alguma maneira valoriza a oferta disponível em todo o mundo.

Basta ver o que foi apresentado na última ConExpo por uma empresa especialista em compactos, como a alemã Wacker Neuson. Seu portfólio de máquinas de menor tamanho é amplo, mas a ele foi acrescentado um exemplar algo especial. Trata-se da carregadeira compacta 5055e, que é inteiramente acionada por meio de eletricidade.

Seus números não lhe colocam em nenhuma desvantagem, como talvez o senso comum pudesse pensar. A carregadeira da Wacker Neuson pode trabalhar 5 horas sem interrupções com uma só carga de bateria. A direção gira as quatro rodas (o que é quase um padrão nos equipamentos Wacker Neuson e agrega mais manobrabilidade em espaços reduzidos), e sua pá pode ser substituída por garfo pallet para funcionar como empilhadeira.

Mas a principal característica desta máquina é que pode funcionar em ambientes fechados, como um centro de logística ou em obras de túneis, ou onde o silêncio seja necessário (como hospitais e escolas), ou mesmo onde haja animais (imagine-se uma obra em uma grande empresa de agropecuária). Tudo isso é possível graças às suas zero emissões de gases poluentes e seu quase absoluto silêncio. Os ciclos de trabalho neste caso estariam garantidos sem gerar consequências que demandam soluções especiais, como sistemas de supressão de poeira e proteção auditiva para os trabalhadores.

O novo sistema da Wacker Neuson está ainda em etapa de testes, mas a empresa promete que logo estará em à disposição do mercado.

Quem de fato já está totalmente no mercado da América Latina com sua oferta de distribuição regional a partir do Brasil é a Link-Belt Excavators. A empresa, através de sua filial LBX do Brasil, tem à disposição as escavadeiras da linha Spin Ace. São dois modelos, a 80 Spin Ace com 8,4 toneladas de peso operacional e a 135 Spin Ace, com 13,5 toneladas.

A caçamba da 80 Spin Ace pode ter entre 0,18 e 0,34 metros cúbicos, enquanto sua irmã maior pode receber caçambas de entre 0,32 e 0,75 metros cúbicos. O modelo tem uma característica importante para compactos, que é o ângulo máximo de giro da lança, que chega aos 130 graus, permitindo alcançar material lateralmente sem necessidade de giro da cabine. Outro importante elemento é que suas esteiras, ainda que sejam de aço, podem receber sapatas de borracha, o que facilita sua entrada em ambientes de piso construído sem danificar.

O raio de giro de ambas as escavadeiras Link-Belt é compacto. Assim se fazem ciclos curtos de trabalho, o que é essencial para obter produtividade em locais de trabalho confinados.

Outro fabricante que se destaca no segmento de compactos é a japonesa Hitachi, que reivindica o título de ter criado o conceito de escavadeira hidráulica e é uma especialista neste tipo de equipamento. Com o recente lançamento de sua escavadeira compacta ZX19-5, a Hitachi propõe o que se conhece como “zero tail swing”. Isso significa que a máquina pode girar a cabine sem ocupar espaço oposto à lança, ou seja, não excede o espaço ocupado pelas esteiras.

“Características como esta estão fazendo com que as mini máquinas encontrem cada vez mais mercado, não só em outras partes do mundo, mas também aqui na América Latina”, afirma Carlos Uriarte, gerente de vendas para as Américas da Hitachi.

Inovações

Para a América Latina, o nome Mecalac será o de um entrante no mercado, mas se trata de um fabricante francês com boa experiência e um acúmulo de conhecimento e tecnologia no que se refere a equipamentos compactos.

Criada em 1974, a empresa agora é uma multinacional presente em toda a Europa, que recentemente abriu também a Mecalac Americas em Boston, EUA, para disputar o mercado de todo o continente, do norte ao sul.

Dona de prêmios por suas inovações técnicas e de design em seus equipamentos, como o Design Award nos Bauma Innovation Awards 2016 e outros, a Mecalac tem uma proposta ao mesmo tempo interessante e corajosa.

Em seu portfólio, há escavadeiras, carregadeiras e retroescavadeiras, mas o que se destaca são suas soluções de design e aplicações em suas máquinas. O que talvez seja o melhor exemplo disto é a série MCR de escavadeiras-skid. Sua proposta é a de um equipamento que segundo a empresa soma as características de uma escavadeira compacta e de uma minicarregadeiras tipo skid steer.

Com três modelos – de 6,8 e 10 toneladas de peso operacional -, a linha MCR da Mecalac foi apresentada na ConExpo 2017, e causou sensação entre os que lá estavam assistindo. Basicamente, um equipamento MCR tem ao mesmo tempo as capacidades de uma escavadeira, mas acoplando-se uma pá, funciona como uma carregadeira com altura suficiente (até os 4,88 metros) para carregar material a um caminhão. Mais: a MCR pode receber o implemento de garfo pallet para funcionar como empilhadeira.

Mas como o braço articulado tem um alcance acima da média para uma escavadeira compacta, esta máquina poderia servir inclusive como um manipulador telescópico compacto e rotacional. Por exemplo, o braço pode alcançar alturas negativas (em relação às esteiras) de até 15%.

O segredo das MCR da Mecalac está justamente na quantidade de articulações de seu conjunto de braço e lança, que permite uma quantidade muito interessante de movimentos para frente, para cima e para baixo, o que somado a um giro lateral total (de 360°), resulta num equipamento extremamente versátil. Também conta para esta versatilidade o sistema CONNECT para acoplamento rápido dos implementos da marca.

Além disso, sua velocidade alcança os 10,3 quilômetros por hora, e a empresa afirma que as máquinas MCR podem carregar até 40% de seu peso próprio enquanto giram.

Em sua Europa natal, a Mecalac concluiu recentemente a aquisição do negócio da Terex no Reino Unido, o que significa a agregação a seu portfólio das linhas de retroescavadeiras e mini dumpers da tradicional marca norte-americana fabricados em Coventry, Inglaterra. A Terex deu dois anos até que a Mecalac termine a transição de marca nas máquinas fabricadas ali.

Do outro lado do Atlântico, a empresa francesa está buscando distribuidores para integrar uma futura rede de dealers que inclua os países latino-americanos. De acordo com seus executivos, já se pode afirmar que sua intenção é ganhar os mercados das Américas.

Os avanços no segmento das mini máquinas responde a necessidades crescentes de serviços de manutenção e reparações em áreas urbanas cada vez mais densas e povoadas. A lógica os recomenda, e uma vez que isso seja percebido, terá chegado o momento em que os compactos farão sentido econômico na região. Isto depende de integrar mais as redes de distribuição, oferecendo aos clientes finais melhores condições de aquisição e locação, além de serviço pós-venda e peças de reposição. 

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