Rússia e Bolívia construirão usina nuclear
30 October 2017
Instalação para fins científicos e industriais será a primeira do tipo no país latino.
A Bolívia e a Rússia assinaram em setembro passado um contrato para construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear (CIDTN), que vai necessitar de investimento superior a US$ 300 milhões. Cinco estudos especializados determinaram que o terreno sobre o qual será construído, no Distrito 8 de El Alto, é apto e cumpre com os requisitos exigidos pelas normas internacionais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A empresa Atomstroyexpor, subsidiária da russa Rosatom, que construirá a usina, realizou os estudos geotécnicos, geológicos, hidro-meteorológicos, ambientais e ecológicos com a participação de instituições locais como o Serviço Nacional de Meteorologia, Instituto Nacional de Estatística, Direção Geral de Aeronáutica Civil e o Instituto Geográfico Militar.
O terreno está localizado na zona de Parcopata, em El Alto. Os parâmetros das pesquisas de campo foram feitos sobre especificações técnicas requeridas para a instalação nuclear e contemplaram perfurações e técnicas de prospecção, estudos topográficos, pontos georreferenciais e outros dados.
O projeto será feito com tecnologias nucleares russas, através de uma oferta completa da Corporação Estatal de Energia Atômica “Rosatom”. No pacote, incluem-se a construção do CIDTN, o desenvolvimento de recursos humanos, infraestrutura nuclear boliviana, assistência para a operação e serviços de manutenção, além da cooperação científica e tecnológica.
Com a conclusão dos estudos, a Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN) dá um passo significativo na engenharia para a instalação do primeiro centro nuclear do país. Este centro produzirá radioisótopos para aplicações médicas, industriais, agroindustriais, agrícolas e de pesquisa e capacitação, atendendo os padrões de segurança da AIEA.