Rodoanel: novas mudanças no modelo de construção
19 January 2022
O Rodoanel Mário Covas (SP 021) é uma obra fundamental para desafogar o intenso tráfego da região metropolitana, principalmente de caminhões. Dividido em quatro trechos – norte, sul, leste e oeste -, ele redefine a plataforma logística rodoviária de formato radial para anelar, interligando 10 rodovias que chegam à capital do Estado: Fernão Dias, Dutra, Ayrton Senna, Anchieta, Imigrantes, Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhangüera e Bandeirantes. Assim, os caminhões que antes trafegavam pela Marginal Pinheiros, ao passarem pela capital, podem cortar caminho pelo Rodoanel, agilizando entregas e melhorando a fluidez do trânsito.
Agora, o governador Dória projeta instituir uma Parceria Público-Privada (PPP), no valor de R$ 2,4 bilhões, para concluir os 15% restantes do anel — correspondentes à fase norte, com 47,6 quilômetros de extensão. Essa porção incompleta consiste na última fase do projeto, que dará acesso ao aeroporto de Guarulhos.
De acordo com o secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, a pasta projeta publicar o edital no fim deste mês a tempo de retomar as obras no primeiro semestre – de preferência até abril, quando Doria deixará o comando do Estado para disputar a Presidência da República. O governador, que tem divulgado a marca de 8 mil obras em andamento em São Paulo na reta final de sua gestão, pressiona sua equipe para anunciar a retomada.
Esta será a segunda tentativa do governo Doria de fazer andar o projeto. Em fevereiro de 2021, o vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), então responsável pelas concessões e parcerias do Estado, decidiu refazer o edital de concessão e propor que a mesma empresa que vencesse a disputa para a construção também pudesse operar a via por 30 anos, explorando-a comercialmente por meio de pedágios. Mas a proposta não foi à frente.