Reforço no orçamento público vai alavancar investimentos privados em rodovias e ferrovias

Em participação no Fórum de Competividade, ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu a necessidade de projetos terem atratividade e adiantou os próximos leilões rodoviários

Foto: Márcio Ferreira/MT

Além de melhorar a infraestrutura do país e gerar empregos, a recomposição do orçamento público tem outro efeito importante: pavimenta o caminho para aumentar o investimento privado em rodovias e ferrovias. A avaliação é do ministro dos Transportes, Renan Filho, ao participar na última quarta-feira (17) da primeira edição do Fórum de Competitividade, em Brasília.

Segundo o ministro, a experiência internacional mostra que o a aplicação maior do orçamento público se torna uma alavanca e estimula a iniciativa privada a investir em concessões e novas parcerias. Porém, um cenário de retração como observado desde 2016, agravado pelo Teto de Gastos, deixa os empresários em dúvida sobre como investir.

“A gente precisa aumentar os investimentos públicos. Demos um passo importante com o aumento de quase quatro vezes em comparação ao ano passado. Aumenta-se o investimento público, aumenta o privado”, afirmou Renan Filho. O ministro ressaltou que “jamais teremos viabilidade privada para todos nossos investimentos em infraestrutura”, o que reforça a necessidade de garantir investimentos públicos, como feito pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Projetos

Para este ano, o Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, prevê quatro leilões de rodovias. O primeiro será do lote 1 do Sistema Rodoviário do Paraná, previsto para 25 de agosto. Na sequência, ocorrerão o lote 2 das rodovias paranaenses, a BR-040 (Rio-BH) e a BR-381/MG. “Teremos muito investimento privado este ano. São quatro leilões em 2023 e outros seis em 2024. Em comparação, houve seis leilões rodoviários nos últimos quatro anos”, disse Renan.

Também estão previstos investimentos privados em ferrovias. Um deles é da renovação antecipada da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), administrada pela VLI e com investimento estimado de R$ 13,82 bilhões; o outro, da relicitação da concessão da Malha Oeste, estrada de ferro que corta os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, entre Mairinque (SP) e Corumbá (MS).

CONECTAR-SE COM A EQUIPE
Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
CONECTAR-SE COM A MÍDIA SOCIAL