R$ 2,6 bilhões para investimentos privados em portos brasileiros
By Luciana Guimaraes04 April 2022
Na primeira desestatização portuária da história, o leilão de três terminais e a assinatura de contratos de arrendamento de sete diferentes áreas vão garantir R$ 2,675 bilhões em investimentos privados nos próximos anos em diversos estados brasileiros.
Os certames e a formalização das concessões ocorreram na última semana, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
Respectivamente, a primeira administração portuária a ser alienada pela União, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), trará R$ 850 milhões em investimentos privados.

Já os terminais leiloados – STS11, PAR32, e SUA07 – terão aporte de R$ 828,7 milhões durante a duração dos seus contratos. Além deles, a assinatura dos sete contratos de arrendamentos de áreas já concedidas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, garante R$ 997 milhões.
“É um dia histórico, o primeiro leilão de privatização portuária. Estou feliz pelos empregos que serão gerados e pela flexibilidade para a administração portuária”, destacou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele acrescentou que o leilão terá impacto importante na economia do Espírito Santo, “um estado com vocação para ser um terminal de logística, uma ponte para o comércio exterior”.
A Codesa foi arrematada pela empresa Fip Shelf 119 Multiestratégia, que se comprometeu pagar R$ 106 milhões pela outorga.
São R$ 850 milhões em investimentos previstos, sendo R$ 335 milhões em novas instalações e melhorias nos portos de Vitória e Barra do Riacho e outros R$ 515 milhões em obras de manutenção, como de dragagem dos canais de acesso aos terminais. De acordo com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, o desafio do projeto de privatização da Codesa foi equilibrar uma série de obrigações atribuídas ao concessionário ao interesse público, sem gerar falta de atratividade para a iniciativa privada. “O resultado do leilão confirma que conseguimos encontrar o equilíbrio, com um contrato que atinge o objetivo de política pública com o interesse da iniciativa privada”, disse.
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