Quase 6 anos depois, obras para reparo de danos por tragédia em Mariana (MG) são concluídas

Ainda hoje, é difícil olhar para trás e tentar entender a amplitude da tragédia. É um rastro de lama que desceu, destruindo flora e fauna e as vidas de muitos brasileiros.

Mas após quase 6 longos anos, a Fundação Renova – entidade privada sem fins lucrativos responsável pelo processo de reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG) – anunciou no último dia 6, que foram finalizadas as obras de esgotamento sanitário em três dos 39 municípios do Estado e no Espírito Santo, impactados pelo desastre ambiental na Bacia do Rio Doce. Foram 19 mortos e incontáveis desabrigados.

Instituição foi criada para conduzir a reparação e compensação dos danos causados pelo desastre. É responsabilidade da fundação conduzir o cadastro dos atingidos, manejo do rejeito depositado ao longo da Bacia do Rio Doce, a reconstrução das vilas, indenizações, além de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento para os municípios ao longo do rio Doce, entre outros. Ao todo, o TTAC estipulou 42 programas, ou conjunto de ações, que devem ser cumpridos pela Renova.

Os municípios que terminaram as obras foram São José do Goiabal e Sem Peixe, em Minas Gerais, e Colatina, no Espírito Santo. A Fundação Renova investiu R$ 8,6 milhões nos trabalhos. O montante é oriundo dos aproximadamente R$ 600 milhões que serão aplicados nos projetos e obras de esgotamento sanitário e destinação de resíduos sólidos nos municípios afetados pelo rompimento.

As obras no município de São José do Goiabal começaram em abril de 2019 e incluíram a implantação de redes coletoras, interceptores, uma nova estação elevatória de esgoto e melhorias na estação final.

Segundo a Fundação Renova, até dezembro de 2020 foram repassados ao município cerca de R$ 4,6 milhões, e o sistema de esgotamento poderá beneficiar diretamente até 5 mil moradores na sede da cidade. A obra contou ainda com recursos de outras fontes para a execução da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e de interceptores.

Já no município de Sem Peixe foram aplicados mais de R$ 2 milhões, dos recursos que tinham sido previstos para redes coletoras, no sistema de esgotamento sanitário da sede e em projetos no distrito de São Bartolomeu, vilarejo de São Paulino e toda a zona rural.

Por fim, em Colatina, no Espírito Santo, foram concluídas as obras de construção da Estação de Tratamento de Esgoto no bairro Barbados (ETE Barbados). O projeto de saneamento no município beneficiará mais de 125 mil habitantes e teve investimentos de cerca de R$ 2 milhões.

A tragédia:

O rompimento da barragem em Mariana ocorreu na tarde de 5 de novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, Minas Gerais. Rompeu-se uma barragem de rejeitos de mineração denominada “Fundão”.

O rompimento da barragem de Fundão é considerado o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental da história brasileira e o maior do mundo envolvendo barragens de rejeitos, com um volume total despejado de 62 milhões de metros cúbicos.

A lama chegou ao rio Doce, cuja bacia hidrográfica abrange 230 municípios dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, muitos dos quais abastecem sua população com a água do rio.

Ambientalistas consideraram que o efeito dos rejeitos no mar continuará por pelo menos mais cem anos,

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