Preço do cimento põe associações em conflito no México
08 August 2017
Câmara das construtoras contesta razões da câmara cimenteira para aumento de 27% no preço do insumo de janeiro até agora.
A Câmara Mexicana da Indústria da Construção (CMIC) anunciou que seus associados começaram a pensar na hipótese de importar cimento para o México, em resposta às duas altas no preço do insumo promovidas, desde o início de 2017 até agora, pela associação cimenteira mexicana e suas empresas associadas.
Em janeiro deste ano, as cimenteiras mexicanas aumentaram o preço do cimento em 15%. Depois, anunciou-se há poucas semanas uma nova alta de 12%. A Câmara Nacional do Cimento (Canacem) afirmou que a maior demanda interna pelo produto provocou o importante aumento nos preços.
De acordo com a CMIC, começa-se a falar na importação de cimento estrangeiro. “Agora já começam a haver vozes que pedem a criação de cadeias logísticas para importar cimento”, disse o presidente da câmara de construtores, Gustavo Arballo Luján.
O representante das empreiteiras afirma que o preço por tonelada importada por chegar a ser até US$ 30 mais barato do que o nacional, depois dos aumentos. Além disso, disse também que a justificativa para a alta do cimento não é real, pois o peso mexicano teria voltado a se valorizar após o primeiro impacto do efeito Trump, que o derrubou no final do ano passado.