Porto de Santos: R$ 601 milhões em obras inauguradas
08 December 2021
3 importantes obras no Porto de Santos que somam R$ 601 milhões em investimentos foram inauguradas e os aportes envolveram a construção de uma terceira linha férrea entre os bairros do Valongo e Paquetá, pela Portofer; um píer de atracação para navios de granéis líquidos na Ilha Barnabé, pela Ageo Norte; e obras de ampliação e modernização do Tecon, pela Santos Brasil.
O diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, destacou que a transformação para consolidar um novo momento da história do Porto é um compromisso da atual gestão que se torna realidade com a viabilização de iniciativas como essas. “Junto com o setor privado, estamos inovando e estabelecendo as bases para novos parâmetros de desempenho operacional que distinguirão o Porto de Santos pela sua infraestrutura e eficiência”, afirmou Biral, destacando que Santos se tornou um canteiro de obras. “Outros R$ 6 bilhões estão por vir nos próximos anos”, completou, referindo-se a desembolsos originários de leilões de arrendamento e na Ferrovia Interna do Porto (FIPS).
Essa intervenção aumentará a eficiência na passagem de trens que chegam ao Porto para descarregar nos terminais de grãos e celulose instalados na margem direita, em Santos. Com isso, a capacidade das linhas praticamente dobrou, além de propiciar maior segurança para os pedestres e motoristas, em razão da construção de um muro ao longo da linha que segrega o fluxo ferroviário dos demais.
A terceira linha tem fundamental importância para o Porto e para toda a cadeia logística do setor, uma vez que aumentará a eficiência das operações ferroviárias, tanto em relação aos terminais de granéis sólidos de origem vegetal situados na margem direita do Porto de Santos – dos quais a movimentação pelo modal ferroviário se situa em torno de 70% da movimentação e com projeção para atingir 80% em meados de 2027 – quanto para os terminais de celulose em fase de implantação (STS 14 e 14A), cujas projeções de fluxo pelo modal ferroviário ultrapassam 90% do volume a ser movimentado pelo terminal.
Além disso, o Plano Mestre do Porto de Santos, publicado pelo Ministério da Infraestrutura em 2019, indicou que a taxa de saturação das vias férreas internas da margem direita estava em 87%, à época muito próxima ao limite de capacidade, o que inviabilizaria qualquer aumento do fluxo ferroviário com destinos aos terminais do Porto.