Porto de Rocha depende de eleição no Brasil

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse à imprensa de seu país que a construção do porto de Rocha, megaprojeto portuário de águas profundas em seu país, está condicionado à reeleição da presidente Dilma Rousseff no segundo turno das eleições brasileiras este domingo.

“Tenho a palavra da presidente do Brasil em apoiá-lo, senão, não teria entrado nessa dança”, afirmou o presidente Mujica.

Por coincidência, o Uruguai também tem seu processo eleitoral no próximo domingo, e a probabilidade é grande de que Mujica faça seu sucessor, o ex-presidente Tabaré Vazquez, do partido Frente Amplio.

José Mujica afirmou que o caráter regional do porto de Rocha é o que o conecta a uma decisão entre as nações sul-americanas. “Está pensado para a região”, diz o presidente. As exportações uruguaias por si só não justificam um projeto que está orçado em algo entre US$ 800 milhões e US$ 1 bilhão.

O Brasil e o Paraguai poderiam se beneficiar do porto, de maneira a exportar seus produtos ao sul ou à costa pacífica da América do Sul.