Plano de obras rodoviárias abre crise no Paraguai

28 May 2014

Paraguay puente

Paraguay puente

O milionário plano de obras rodoviárias levado a cabo pelo governo do Paraguai gerou um conflito envolvendo a associação de empreiteiras rodoviárias do país e o Ministério de Obras Públicas e Comunicações, promotor dos projetos. A razão é a preferência do governo por fazer licitações internacionais para as obras de estradas e rodovias no país.

As discussões entre empresários e o governo começaram com uma carta pública da Cámara Vial Paraguaya (Cavialpa), a associação das empreiteiras do setor, que traz críticas ao governo de maneira geral, e acusa o Ministério de Obras Públicas e Comunicações de abrir um conflito com as empresas nacionais.

“No setor rodoviário, se usou a ferramenta das licitações internacionais para dar uma bofetada nas empresas paraguaias, sem distinção de qualidade nem de suas condições”, diz o manifesto da Cavialpa.

O ministro Ramón Jiménez Gaona respondeu às críticas de maneira dura. Acusou as empresas paraguaias de abarcar mais contratos do que são capazes de realizar, o que teria levado a uma situação em que elas entregam os trabalhos de acordo com seu prazo e orçamento, e não conforme os contratos. Segundo Gaona, as empreiteiras rodoviárias do Paraguai não têm equipamentos e pessoal qualificado para o volume de trabalho que se avizinha com o plano do governo.

“Estamos decididos a transformar a estrutura do país em termos de qualidade e preços justos. A competição internacional é necessária. Que deixem de comprar equipamentos obsoletos e capacitem seu pessoal”, disse o ministro à imprensa paraguaia, referindo-se às empreiteiras do seu país.

Também aos jornais paraguaios, o empresário Guillermo Más, presidente da Cavialpa, respondeu essa acusação. “Nós, se tivermos mais contratos, compramos mais equipamentos. Podemos fazer empréstimos para comprar mais equipamentos. Não podemos fazer futurologia e comprar equipamentos sem contratos”, disse.

O programa de obras rodoviárias do Paraguai prevê um total de US$ 700 milhões de dinheiro público investidos em uma série de contratos de construção e reforma de rodovias ao longo do país. Os primeiros processos de licitação já se abriram, e a primeira delas já tem um vencedor: a empresa coreana Il Sung Construction. Mais recentemente, o ministro Ramón Jiménez Gaona esteve na Coreia para promover o país a empresários locais.

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