Perspectivas viárias

29 March 2016

Los planes de construcción vial para el año ya son conocidos. A pesar de la debilidad del mercado, s

Los planes de construcción vial para el año ya son conocidos. A pesar de la debilidad del mercado, se abre la temporada de inversiones

Já chegamos às últimas semanas do primeiro trimestre do ano e a esta altura é possível saber com razoável certeza onde na América Latina vão se concentrar os principais investimentos em rodovias.

De longe, a Colômbia continua na liderança deste setor da infraestrutura, avançando com seu conhecido programa de concessões (a Quarta Geração). Toda a primeira leva de 10 projetos está licitada e contratada. A segunda leva tem cinco projetos licitados e outros quatro em processo de contratação. Os 10 projetos que compõem a terceira leva de licitações tinham previsão de ir a licitação em fevereiro. O programa tem orçamento público-privado de US$ 25 bilhões.

Também o México anunciou que, por meio de Parcerias Público-Privadas, realizará alguns dos projetos cortados do orçamento federal, entre os quais há rodovias importantes. Além disso, a Secretaria de Transportes e Comunicações afirmou que seu orçamento para construção de novas rodovias em 2016 é de cerca de US$ 3 bilhões. Supostamente, o México construirá este ano 20 rodovias e 10 estradas menores.

Do Peru, vem a informação de que está em curso a construção da Autopista Internacional do Norte, que demanda investimentos de US$ 713 milhões e que conectará as localidades de Tumbles e Piura, com trechos de faixa dupla e 100 novas pontes. Há outros projetos na carteira peruana.

Na Bolívia, onde a obra rodoviária passa mais pela Administradora Boliviana de Rodovias, em 2015 se gastou cerca de US$ 1,2 bilhão numa variedade de projetos rodoviários, e tudo indica que os bolivianos continuarão incrementando sua malha viária.

Enquanto isso, no Chile o Ministério de Obras Públicas mantém um programa quinquenal 2014-2018 de pavimentação de estradas vicinais que contempla nada menos que 15 mil quilômetros no interior do país.

Finalmente, o Paraguai é uma boa nova na região: em apenas dois anos do atual governo, foram investidos mais de US$ 3 bilhões, com previsão de mais US$ 1 bilhão este ano. Deste montante, a parte considerada para construção e reforma de rodovias é de cerca da metade, e quase tudo por meio de concessões privadas.

A conclusão é que o pessimismo não deveria prevalecer ao se olhar a região como um todo. E embora seja certo que o Brasil, a Argentina e a Venezuela não apresentarão fortes demandas por serviços e máquinas ao longo de 2016, também é certo que há atividade na América Latina de agora. A questão a responder é: que tamanho deverá ter o novo ciclo de investimento das construtoras?

Oferta

Claro, é impossível responder, mas pouco a pouco se percebe que a demanda econômica é algo a se buscar com minúcia. Em razão disso, da parte da oferta os provedores de maquinário para construção rodoviária estão adaptando seu posicionamento de mercado para fazer frente à América Latina como um todo, ultrapassando fronteiras nacionais.

É o caso da Volvo Construction Equipmente, que manda seus integrantes da área de máquinas rodoviárias a visitar todos os países da América Latina para estarem próximos de seus clientes.

De acordo com Justo Santos, especialista em equipamentos rodoviários da marca sueca, seu trabalho é estar próximo à rede de distribuição para promover e apoiar os clientes com as máquinas da linha.

“A linha de vibroacabadoras ABG, por exemplo, tem presença na América Latina desde 2014 com seus nove modelos, inclusive de pneus. Atuamos desde as larguras de pavimentação de 2 metros até 16 metros, com níveis de produção de asfalto desde as 250 toneladas hora a até mais de 1 mil toneladas hora, dependendo dos requisitos da empreiteira”, afirma o especialista.

Juan Santos diz que as vibroacabadoras ABG, que são uma tecnologia antiga da Volvo, ainda que recentes na região, tiveram forte aceitação nos mercados do México, Panamá, Colômbia, Chile e Bolívia.

“Entramos nesses mercados, mais que tudo pela confiabilidade dos produtos. Asfalto é um produto de vida curta, que depende da temperatura, de maneira que nossos equipamentos vêm com características únicas que evitam paradas na pavimentação que podem custar muito dinheiro. Um exemplo é um painel de controle manual, além dos controles eletrônicos, que é uma exclusividade da Volvo. Se há qualquer problema eletrônico na máquina, o operador pode continuar trabalhando se interrupções”, afirma.

Enquanto isso, o grupo Wirtgen, sempre apoiado na sua subsidiária brasileira, a Ciber Equipamentos Rodoviários, continua se aproveitando dessa vantagem para aumentar sua oferta ao mercado local. A Ciber vem colocando novos modelos em seu portfólio de máquinas produzidas localmente, em Porto Alegre.

Em termos de rolos compactadores, dois modelos da sua marca Hamm já têm fabricação nacional, primeiro foi o Hamm 3411, e agora o HD90.

Além disso, um modelo das vibroacabadoras Vögele “traço 3”, a Super 1300-3, também começou a ser fabricada no Brasil, no ano passado. Tudo isso apesar de um mercado que deteriorou em níveis impressionantes, fechando o ano de 2016 com 64% de contração. A exportação deveria ser um caminho óbvio nesse cenário.

Outro evento destacado da Ciber é que o pré-lançamento da usina de asfalto iNova 2000, anunciado no ano passado durante a M&T, finalmente chegará ao mercado. De acordo com a companhia, a venda da iNova 2000 começará em junho de 2016.

Recuperação de vias

Com a longa história de ruas e estradas mal acabadas na América Latina, é fácil entender por que o segmento de recuperações de pavimento tem sempre uma forte demanda por equipamentos, soluções e serviços.

Um fabricante brasileiro que vem dando passos o sentido de uma internacionalização consistente é a Romanelli, que tem equipamentos especiais para operações tapa-buraco, como é o caso do seu recém lançado “all in one” TBR 800 Super.

Trata-se de um caminhão com: tanque de asfalto capaz de utilizar o insumo tanto a quente como a frio; fresadora acoplada; caneta aplicadora de pintura de ligação; e placa compactadora.

Com este equipamento, uma empreiteira de serviços viários pode realizar por completo uma reforma em vias urbanas, retirando o asfalto danificado por meio da fresagem, aplicando em seguida a pintura de ligação e depois distribuindo o asfalto que está pronto para aplicação no tanque. Finalmente, se compacta. Tudo em apenas uma intervenção. De acordo com a empresa, o asfalto fresado pode ser reutilizado na própria operação ou então depositado numa caixa de resíduos do próprio equipamento.

Com soluções como a do TBR 800 Super e muitos outros equipamentos em seu portfólio (espargidores de asfalto, vibroacabadoras, seladores de trinca e vários outros), a Romanelli está virando um nome global.

“O mercado onde temos mais sucesso é o da América do Sul, onde a Colômbia e o Chile são lugares bons para nós. A mudança política na Argentina vai abrir mercado. Além disso, temos uma forte presença na África, onde inicialmente trabalhávamos em Angola, e depois nos expandimos para África do Sul, Moçambique, Quênia, Tanzânia e outros países do centro-sul do continente”, conta Thiago Romanelli, responsável pelo marketing internacional da empresa.

A iniciativa da Romanelli a levou inclusive a ser a única empresa brasileira de construção rodoviária a participar da CONEXPO Latin America, em outubro de 2015 no Chile.


Caterpillar aposta em kit de acessórios rodoviários

A parte de rodovias também é um campo onde a Caterpillar, maior fabricante de equipamentos pesados do mundo, tem oferta de produtos.

Mas para além das grandes máquinas, a oferta viária da CAT na América Latina está composta por soluções adaptáveis à pequena empreiteira urbana, interessada no imenso mercado das operações de reforma e reparações.

Assim, a marca trouxe à região um pacote de acessórios para acoplamento em suas minicarregadeiras. Eles são acessórios de fresagem, varredura e compactação.

A ferramenta de fresagem vem em cinco modelos, com variação de largura de entre 356mm até 990mm. Dois modelos de acessório para varredura fazem a limpeza inicial e recolhimento do material para a obra de recuperação. Finalmente, o rolo compactador CV16B permite uma compactação de solo ou asfalto com até 2.946 vibrações por minuto.

“Esse kit está indicado para reparações de ruas e avenidas, locais onde deve-se remover uma quantidade relativamente pequena de material, e onde os espaços de operação são muito confinados, como os grandes centros urbanos”, afirma Pedro Carvalho, especialista da Caterpillar neste produto.


Astec fabrica a primeira Voyager 120 no Brasil

Há pouco mais de um ano, a Astec do Brasil, filial da empresa norte-americana no país, abria a as portas de sua primeira fábrica na região latino-americana. Após um ano de muito trabalho no desenvolvimento e pesquisa de mercado, surge o primeiro grande momento da unidade de Vespasiano, Minas Gerais: a primeira usina de asfalto Voyager 120 sai da linha de produção.

A Voyager 120 é um produto emblemático da Astec, muito conhecida nos mercados do Norte e também na América Latina. Sua principal característica é a capacidade de utilizar até 30% de asfalto reciclado (RAP) na produção de material novo, além de seu nível de produção de até 120 toneladas por hora de operação.

“Com a fabricação nacional, a Astec do Brasil traz, além da alta tecnologia dos seus equipamentos, uma maior proximidade e facilidade de atendimento para os clientes na América do Sul, ampliando a cobertura e qualidade dos serviços”, afirma André Oliveira, engenheiro de aplicações da Astec do Brasil.

O feito da Astec seguramente vai afetar positivamente sua participação no mercado latino-americano. Com isso, a empresa entra definitivamente na competição pelo segmento de usinas de asfalto móveis, compactas e de capacidade média de produção, exatamente a característica geral do mercado regional de asfalto para rodovias.

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