Perfurar com precisão

18 October 2016

Vermeer PD10

Vermeer PD10

O campo de trabalho do segmento de perfuração é bastante amplo, de forma que são muitos os setores econômicos que demandam os serviços desta especialidade, que por sua vez se vê obrigada a apresentar soluções sempre mais específicas.

É o caso, por exemplo, da Vermeer, fabricante norte-americano de equipamentos de perfuração que, embora seja profundamente especializado em máquinas de perfuração horizontal direcionada (HDD), vem promovendo uma máquina dirigida ao mercado de construção de plantas de energia solar.

Trata-se da perfuratriz PD10. O equipamento foi especialmente pensado e montado para os desafios deste novo e promissor segmento da economia do futuro. A instalação de placas fotovoltaicas requer algumas especificações técnicas, que se não forem satisfeitas, podem se traduzir em perdas na potência de geração elétrica.

Basicamente, cada placa repousa sobre um pilar especialmente colocado para sustentá-la e, em alguns casos, dirigir seu movimento. Num projeto de geração solar, é possível que até três milhões de placas tenham que ser instaladas, razão pela qual a realização de um trabalho assim traz consigo a necessidade de muita precisão e um bom ritmo de trabalho. Tudo isso, só com equipamento especializado.

Foi com este pensamento que a Vermeer lançou a PD10. Capaz de instalar estacas de 3m, 4,6m e 6,1 metros de comprimento, o equipamento tem um sistema de auto-prumo, que garante que o ângulo da perfuração saia sempre na vertical perfeita. Isso é especialmente porque a instalação de plantas solares se dá muitas vezes em terrenos irregulares. Além disso, os sensores de recepção laser da PD10 proveem a precisão necessária em termos de distância entre as estacas e velocidade de instalação, coisas absolutamente obrigatórias para dar produtividade a este serviço, que envolve a repetição de uma operação em grande quantidade de vezes.

Aplicações

O caso acima é um exemplo de especificidade técnica de perfuração que encontra similaridade em muitos outros casos, ainda que em contextos completamente diferentes.

A solução técnica encontrada pela empreiteira chilena Flesan para um serviço de melhoramento do subsolo sob as fundações de um edifício comercial de Santiago do Chile é muito ilustrativa. O serviço contratado era preencher o solo com concreto, método tradicional e eficiente, mas que gera dificuldades de ordem logística em centros urbanos, além de impor custos maiores.

A Flesan, especialista em perfuração – entre outros serviços -, propôs ao contratante uma mudança no método. Em lugar de preenchimento com concreto, a instalação de micro estacas sob as fundações principais.

Sob cada pilar original do edifício, a Flesan instalou 12 micro estacas, complementando a força de estabilização necessária para dar ao edifício uma sustentação segura no longo prazo. Para o serviço, a Flesan utilizou uma perfuratriz para espaços confinados TD75, da fabricante norte-americana TEI Rock Drills.

Seu tamanho compacto foi determinante para conseguir realizar o trabalho num subsolo de construção urbana sem problemas. A TD75 tem esteiras de borracha retráteis que chegam a uma largura mínima de 900 milímetros, o que seria suficiente para passar até mesmo por uma porta convencional. Além disso, sua cabeça de perfuração tem um movimento de até 180°, evitando manobras que atrasem o serviço.

A solução economizou tempo e dinheiro ao contratante, entregando a estabilização necessária para o edifício.

A área urbana e suas necessidades de infraestrutura, principalmente a recuperação ou renovação de edifícios ou outras estruturas, demanda sempre mais da perfuração. Por isso, as tecnologias que são capazes de prover estes serviços sem fechar o trânsito ou o acesso a edifícios se tornarão mais populares na América Latina, como hoje já são no restante do mundo.

É o caso do sistema HDD, que basicamente consegue implementar uma perfuração horizontal de grande porte sem abrir valetas na superfície, naquilo que se conhece como método não destrutivo. Aí, existe grandes tecnologias envolvidas, sendo uma das principais a dos braços perfuradores que vão abrindo caminho enquanto outras seções de tubos metálicos são introduzidas para fazê-lo avançar.

Se este braço não funciona bem, todo o sistema sofre. A empresa HammerHead é um provedor especializado nestes braços. Assim, de forma a ampliar sua oferta ao setor de instalação de serviços públicos urbanos através de máquinas HDD, a HammerHead lançou o R600, o mais potente produto de sua série Roughneck.

O R600 é capaz de realizar perfurações de entre 7,25 polegadas (18,4 centímetros) e 8 polegadas (20,3 centímetros). A maior largura de perfuração permite à empreiteira reduzir o número de perfurações necessárias quando se necessita instalar uma grande quantidade de cabos ou outras necessidades da empresa contratante.

Também se destaca sua capacidade de penetração, que pode chegar a 150 pés (45,7 metros) por hora de trabalho, e sua manobrabilidade, que de acordo com o fabricante é um fator importante do novo R600 em serviços HDD.

Controle

Basta pensar em como é sensível o tema da perfuração para verificar a imensa necessidade de sistemas de controle de precisão. Escavar buracos sem os cuidados devidos pode levar à desestabilização de solos, o que traz consigo riscos consideráveis.

Para fornecer novas maneiras de aumentar o nível de controle e precisão sobre os processos de perfuração, a sueca Sandvik, grande especialista no ramo, tem dois sistemas interessantes.

Um deles é o Centrex Pro, que promove um fluxo de ar em espiral por dentro do braço perfurador. Com isso, se evita qualquer possibilidade de perfurar demais um subsolo sensível, ou ainda de depositar material escavado de forma desordenada. Tudo isso poderia levar a um desastre, que segundo a Sandvik fica evitado com um maior controle sobre o ar comprimido.

O outro sistema é o Driller´s Office. Trata-se de um software de planejamento e controle da operação de perfuração de superfície, em que o controlador recebe dados de serviço instantâneos, que são gerados pelo sistema de recolhimento de informações na própria perfuração, o TIM3D, da Sandvik.

Através do Driller´s Office, uma empresa especializada em perfurações poderia entregar um plano de serviço anterior ao início do trabalho, que permitiria uma melhor administração do orçamento, e uma avaliação mais efetiva da geologia que terá que se enfrentar. Tudo isso se refletirá em menores tempos de serviço, mais efetividade na perfuração e redução de riscos associados ao projeto. Sem esquecer que um sistema de controle telemático que permite ver sob a terra possibilita a solução imediata de qualquer imprevisto que aconteça durante o trabalho.

Os provedores deste segmento da indústria mostram que a fronteira tecnológica já foi ultrapassada quando o tema é a perfuração, o que é positivo tanto em termos econômicos como em relação aos padrões de segurança.

Para a Atlas Copco, perfurar é diversão

A Série Simba de perfuradores da Atlas Copco é muito tradicional. A primeira máquina com este nome foi lançada na década de 60 pela multinacional sueca. Agora, o gosto pela evolução tecnológica levou a Atlas Copco a lançar sua nova versão da série, o Simba S7.

Para agregar ainda mais a sua série histórica, a empresa investiu em automatização. "O conceito é a combinação do controle, desde sempre desenvolvido com o sistema RCS, com opções de instrumento de ângulo integrado e software automatizado. Juntos, esses recursos permitem que o equipamento se adapte de acordo com as condições de movimento, bem como perfurar com alta precisão", diz Mikael Larslin, que é gerente de produto do Simba S7.

Dedicado a perfurações de mineração, o Simba S7 completa a série. Mas o que talvez chame mais a atenção do público é o vídeo promocional que mostra o equipamento jogando sinuca, e conseguindo aquilo que poucos humanos conseguem. Em uma só tacada com seu braço de perfuração, o Simba S7 encaçapa seis bolas, cada uma em um buraco. Veja o vídeo em nossa edição para tablet.

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