Paraguai celebra sua Lei de Pavimentos Rígidos em congresso internacional

26 July 2017

País, que é importador de derivados de petróleo, quer progressivamente trocar o asfalto pelo concreto nas obras rodoviárias a partir do ano que vem.

No 8º Congresso Iberoamericano de Pavimentos de Concreto, que se realizou na Guatemala, o presidente da Cimenteira Nacional do Paraguai, Jorge Méndez, falou da Lei do Pavimento Rígido em seu país, e seu impacto na infraestrutura. A lei, que estabelece a utilização de pavimentos rígidos nos projetos de obra rodoviária e prioriza a utilização do cimento nacional, será implementada de maneira progressiva a partir de 2018. No início de sua aplicação, se utilizará 15% de cimento Portland nas estradas do país, no segundo ano passará a 20%, passando a 25% no terceiro e partir do quarto ano chegará a 30%. Com isso, se conseguirá a utilização paulatina de matéria prima paraguaia nas estradas do país.

No evento, que conta com a participação de especialistas do setor e federações de cimento e concreto da Ibero-América, sendo o Paraguai representado pela Indústria Nacional do Cimento (INC) e a Câmara Paraguaia da Indústria do Concreto Elaborado (Cahipe), Méndez celebrou a nova lei, considerada uma conquista muito importante para o país. “O Paraguai é um país que não tem petróleo, somos importadores de asfalto, mas ao mesmo tempo temos toda a matéria prima para o cimento, é 100% nacional”, disse.

Ele comentou que é um projeto desafiador pelos paradigmas existentes em torno ao material, como por exemplo a ideia de que o pavimento fica mais caro em concreto do que com asfalto. “Há dez anos tentou-se que o Ministério de Obras Públicas licitasse obras com pavimentos rígidos e não houve bons resultados. Desta vez, a INC deu força ao projeto de lei e tanto a Cahipe como as demais organizações privadas do setor de construção se mantiveram fortes em sua posição. Isto somado ao apoio do presidente da República, Horacio Cartes, nos deu o respaldo para que a iniciativa avance”.

Com a aprovação desta lei, além da economia em custos de manutenção e garantia da durabilidade e estabilidade das rodovias públicas, e ajudaria a reduzir os investimentos de divisa nacional na importação de materiais derivados do petróleo (calcula-se que a compra de asfalto chegue a US$ 17 milhões por ano), que na última década aumentaram muito de preço, levando para o alto o custo do quilômetro no Paraguai.

A Cahipe, representada na Guatemala por María Eliza Martínez, manifestou que um de seus principais objetivos é posicionar a utilização do concreto no pavimento como aliado estratégico nos projetos de infraestrutura e obras rodoviárias do país.

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