Panamá proíbe a Odebrecht de participar em licitações

O governo panamenho informou através de um comunicado lido pelo ministro da Presidência, Álvaro Alemán, que a Odebrecht não poderá participar em futuras licitações nesse país. O motivo dado foi a que companhia está sendo investigada por subornos de US$59 milhões entregues a autoridades panamenhas em troca de contratos de mais de US$175 milhões, segundo um relatório divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Segundo Alemán, a proibição será até que a Odebrecht demonstre “uma colaboração ativa e eficaz nas investigações realizadas pelo Ministério Público e seja garantido o pagamento de dinheiros que devem ser devolvidos ao Estado (pelos prejuízos causados) ”.

A Odebrecht atualmente participa em grandes projetos de infraestrutura no Panamá, como a linha 2 do metrô, por US$1,85 bilhão, a renovação da cidade de Colón, por US$540 milhões, e a ampliação do aeroporto de Tocumen por cerca de US$800 milhões, segundo dados oficiais.

Alemán também anunciou que o Panamá adotará “medidas” para que a Odebrecht abandone vários processos de licitação de obras para as quais já estava pré-qualificada, como a construção da linha 3 do metrô da capital e a quarta ponte sobre o Canal do Panamá. Também cancelará “sem custo para o Estado” um contrato de associação entre o panamá e a construtora para o desenvolvimento da hidroelétrica Chan 2, localizada em Bocas del Toro.