Otimismo volta a cair na indústria de insumos

O termômetro ABRAMAT, que mede a perspectiva do desempenho de vendas das indústrias dos materiais de construção, produzido pela ABRAMAT - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, aponta que o otimismo dos empresários do setor recuou em abril. No mês, 11,1% das empresas indicaram o período como bom para as vendas. Em março este qualitativo estava em 22,2%. A regularidade foi a escolha de 50%, enquanto no mês anterior havia sido a opção de 38,9%. Para 22,2% abril deve ser ruim para as vendas enquanto que para 16,7% o período pode ser ainda pior, muito ruim.

Para maio, os números indicam que as vendas devem ser regulares para 55,6%, boas para 11,1% e ruins para 33,3% dos empresários. “A questão política, ainda confusa é a principal responsável por essa continuidade do pessimismo entre os empresários da indústria de materiais de construção. Esse mau humor deve continuar por alguns meses após a definição do impasse político. Mesmo com adoção de esperadas políticas públicas de incentivo à demanda, haverá um lapso de tempo para o mercado reagir. A retomada do crédito, inclusive o financiamento imobiliário é o principal vetor para mudanças rápidas no consumo das famílias e investimentos dos empresários”, afirma Walter Cover, presidente da ABRAMAT.

Na sondagem deste mês, apenas 6% dos empresários do setor informaram estar otimistas sobre as ações do Governo para a construção civil nos próximos 12 meses. Em março, este percentual havia sido de 20%. A pesquisa também indica que 39% das indústrias pretendem fazer investimentos em 2015. Houve queda em relação a março, quando o percentual era de 45%.