Os atrasos nas obras da Copa no Brasil
By Fausto Oliveira10 January 2014
O projeto de veículo leve sobre trilhos (VLT) que se prometeu para a cidade de Cuiabá como parte dos investimentos para a Copa do Mundo 2014 estará apenas parcialmente pronto para o evento em junho e julho.
As autoridades do estado do Mato Grosso disseram que devido a vários atrasos acumulados menos da metade do projeto estará entregue para a Copa.
O projeto original é conectar o aeroporto de Cuiabá com a Arena Pantanal, o estádio onde se jogarão algumas partidas do mundial. Mas até que o futebol comece, os 22 quilômetros de VLT prometidos não estarão entregues.
Projetos cancelados
Esse não é o único caso de atraso nas obras de infraestrutura prometidas para se entregar junto com a Copa do Mundo. Segundo pesquisas feitas pela imprensa nacional, cerca de 75,6% das obras relativas a mobilidade estão atrasadas ou foram retiradas do programa de investimentos.
O caso dos VLTs é um bom exemplo: programavam-se linhas para Cuiabá, Fortaleza e Brasília, mas esta última não terá mais o trem leve.
Os projetos de construção viária prometidos para serem entregues antes da Copa eram 26, mas agora se resumem a 17. Isso porque cidades como Porto Alegre, Salvador e São Paulo não receberão mais esses investimentos.
As estações intermodais de transporte público também sofreram adaptações no cronograma de obras, sendo que Porto Alegre é outra vez a afetada, pois não terá uma estação de transporte intermodal para esse ano.
PAC
A resposta do governo brasileiro é de que os projetos retirados da plataforma de investimentos para a Copa passaram a integrar o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. E, portanto, serão entregues às cidades mas em datas futuras não especificadas.
Para justificar os atrasos e alguns casos de subida dos custos das obras relativas ao Mundial, o governo diz que houve problemas com algumas licitações. Mas nunca fez menção de desfazer contratos para entregar a outras empresas.
As administrações estaduais e municipais costumam responsabilizar processos de desapropriação e a burocracia ambiental pelos atrasos de execução.
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