Odebrecht anuncia venda de ativos no Peru

Com a intenção de fazer caixa para enfrentar o momento de dificuldades vivido no Brasil, a filial peruana da Odebrecht confirmou a jornais do Peru que vai mesmo vender sua participação em uma série de ativos.

Um dos principais ativos onde a Odebrecht não terá mais participação é o Gasoduto Sul Peruano, onde a brasileira tem 55% das ações, com a espanhola Enagás e a peruana Graña y Montero.

Um grande projeto de transposição de águas do rio Huancabamba, na localidade de Olmos, para irrigação e geração de hidroeletricidade, será vendido por completo. Além disso, a participação da empresa na construção da usina hidroelétrica de Chaglla terá igual destino.

Não será o mesmo com as autopistas urbanas de Lima, que estão em concessão sob o nome de Rutas de Lima. A empresa, neste caso, desejaria vender 57% de sua participação, mas manteria 25% sobre o total.

A Odebrecht também manteria as rodovias IIRSA Sul e IIRSA Norte, que fazem parte da iniciativa de integração da América do Sul promovida na primeira década deste século.

Outros dois projetos de hidroeletricidade que se manteriam com a Odebrecht, segundo se comentou à imprensa peruana, seriam as usinas de Chadín 2 e Belo Horizonte, que estão em construção.

A ideia é obter, com estas vendas de ativos, um total de recursos próximo a US$ 3,3 bilhões, de acordo com os jornais peruanos de economia.