Obras de metrô carioca superam a falta de espaço vertical

Prevista para entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2016, a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca—Ipanema) deverá transportar mais de 300 mil pessoas por dia e segundo seu idealizador, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, retirará das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico.

Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) em aproximadamente 16 quilômetros de extensão. Assim, será possível ir da Barra a Ipanema em 13 minutos e, da Barra ao Centro, em 34 minutos. Os usuários poderão ainda deslocar-se da Barra da Tijuca até a Pavuna, pagando apenas uma tarifa.

Com as obras já em estágio avançado, os profissionais se depararam com um grande entrave que foi a falta de espaço vertical, muito comum em obras em túneis. Para solucionar o problema, o Consórcio Linha 4 Sul, responsável pela concessão da obra, em parceria com a RCO, desenvolveram, dentro das dimensões necessárias para o projeto, silos horizontais que facilitam o escoamento do material para a rosca transportadora.

O sistema funciona da mesma forma que os silos verticais, mas segundo Leonardo Cavalcante, Coordenador Comercial da RCO, o silo horizontal é uma alternativa valiosa para as plantas que têm limitação de altura, e, portanto, não podem adotar silos verticais. Ainda segundo o executivo, os silos desenvolvidos para o projeto possuem tecnologia europeia, e diferente de outros modelos, não apresenta problemas para realizar a descarga de materiais.

A obra conta com três destes equipamentos, sendo que dois são utilizados para o estoque de cimento e o terceiro para o armazenamento de bentonita e juntos alimentam a central de grout (matéria-prima do processo de preenchimento de vazios em alvenaria industrial). O modelo também está disponível para comercialização com opções de 47 a 150 toneladas de capacidade.