Obra dos Jogos Olímpicos pode paralisar
02 April 2015
A deterioração do contexto da construção no Brasil começou a afetar as obras para a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Complexo Esportivo Deodoro, onde 11 modalidades esportivas serão disputadas nas Olimpíadas, tem suas obras a ponto de parar por falta de pagamentos à construtora Queiroz Galvão, que demitiu 70 trabalhadores esta semana e pôs em aviso prévio outros mil operários, o que é quase a totalidade dos funcionários da obra.
A Queiroz Galvão afirma que o governo federal não lhe repassou pagamentos de R$ 80 milhões, e que desde o início do ano só recebeu um único pagamento de R$ 60 milhões. O valor do contrato é de R$ 640 milhões.
Tudo parece indicar que este será mais um caso de obra paralisada ou com ritmo reduzido devido à perversa combinação de fatores que gera a crise da construção no Brasil este ano: o ajuste fiscal para sanear as contas públicas, hoje em déficit alto, e as restrições de crédito a muitas grandes construtoras como consequência das investigações da operação Lava Jato.
Na edição de abril da Construção Latino-Americana (CLA), vamos trazer uma reportagem completa sobre a crise da construção no Brasil.