OAS pede recuperação judicial

01 April 2015

Brazilian contractor OAS, present in 23 countries

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Aprofundam-se os efeitos das investigações da Operação Lava Jato sobre o mundo da construção no Brasil. Agora, a OAS, um dos maiores grupos empresariais participantes das áreas de construção e infraestrutura, além de concessionária mantenedora de projetos, pediu recuperação judicial, seguindo os passos de outra grande construtora nacional, a Galvão Engenharia.

A OAS tem uma dívida financeira calculada em cerca de R$ 8,3 bilhões. Seu quase nenhum acesso a crédito para estabelecer capital de giro, devido à condição atual de investigada, a impediu de pagar a maioria de seu endividamento corrente.

Com a recuperação judicial, o grupo recebe uma autorização legal para suspender os pagamentos enquanto se reorganiza. De acordo com a companhia, a estratégia é voltar ao negócio original, a construção.

Assim, a OAS vai vender ativos e se desfazer de participações em vários negócios. Nove empresas do grupo estão incluídas no processo de recuperação judicial. São elas a Construtora OAS, a holding OAS S.A, a imobiliária OAS Imóveis, a SPE Gestão de Arenas Multiuso, a OAS Empreendimentos, a desenvolvedora de infraestruturas OAS Infraestrutura, e as firmas de investimentos internacionais OAS Investments Ltd., OAS Investments GmbH e OAS Finance Ltd.

Para justificar ao mercado o pedido de recuperação judicial, a OAS afirmou em comunicado que após o início das investigações, os canais de crédito se interromperam. “Ao mesmo tempo, clientes suspenderam momentaneamente seus pagamentos e novas contratações. Como consequência, as agências de rating rebaixaram a nota da OAS, o que levou ao vencimento antecipado de suas dívidas”.

Além do processo na Justiça, a OAS pôs à venda ativos considerados não estratégicos para o momento. Estão no pacote as participações na concessionária de rodovias Invepar, no Estaleiro Enseada, em dois estádios da Copa do Mundo (Fonte Nova e Arena das Dunas), além de empresas do grupo nas áreas de soluções ambientais, defesa, petróleo e gás e empreendimentos imobiliários.

Assim que os juízes deferirem o processo de recuperação, a OAS terá 60 dias para apresentar um plano de pagamento a seus credores e provedores, que por sua vez terão 120 dias para aprová-lo.

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