Nova cimenteira paraguaia quase em operação

O grupo empresarial paraguaio Cartes está investindo no cimento, com uma nova empresa chamada Cementos Concepción (Cecon). O projeto é ter várias unidades de negócio dentro de um complexo industrial que terá cerca de 1,5 mil hectares. Além de produzir cimento como seu negócio principal, “também abarcará a produção de cal agrícola e concreto para grandes projetos”, afirmou Jorge Méndez, gerente geral da Cementos Concepción.

O grupo também está desenvolvendo um porto próprio com 150 metros de atracadouro no rio Paraguai, com dois guindastes e capacidade para mais de 1,3 milhão de toneladas de carga e descarga. “Na cimenteira, começaremos a carregar o concreto a partir de novembro, mais de 60 mil metros cúbicos, que representam cerca de 7,5 mil betoneiras. Além disso, queremos também ter uma fábrica de cimento em Limpio, onde vai se distribuir para terceiros a partir de fevereiro de 2020”, afirmou Méndez.

O executivo da nova cimenteira paraguaia falou sobre a possibilidade de desenvolver o mercado através de pavimentos rígidos. “Estradas feitas com concreto duram mais de 30 anos, contra um asfaltamento que dura cinco anos e já exige manutenções. Ou seja, em vez de usar capital para asfaltar, pode-se usar para fazer as vias com concreto, que tem praticamente o mesmo custo. Além disso as divisas ficariam no país, diferentemente do asfalto que compramos do estrangeiro”, afirmou ele.

Para o Grupo Cartes, o projeto implicou um desembolso de US$ 180 milhões, sendo o segundo maior investimento privado em todo o Paraguai, ultrapassado apenas pelo Shopping Paseo La Galería, cujo valor é de cerca de US$ 202 milhões.

A respeito de maquinário e equipamentos, Méndez diz que a empresa destinou US$ 54 milhões para isto. “Os maquinários são da marca dinamarquesa FLSmidth, que é líder mundial neste segmento e nos proverá cerca de 50 especialistas que apoiarão a instalação e inspeção”, disse ele.

A planta deverá ter capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas ano. O principal objetivo é abastecer o mercado interno, exportando apenas o excedente.