No Panamá, Capac adverte que a greve de construção poderia deixar prejuízos

Muita preocupação no Panamá no que tange o setor de construção civil.

O vice-presidente da Câmara Panamenha da Construção (Capac), Alejandro Ferrer, assegurou que se a greve convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Construção e Semelhantes (Suntracs) ocorresse, dentro do processo de negociação de um novo Acordo Coletivo de Trabalho, as conseqüências seriam catastróficas tanto para o setor da construção quanto para o resto da economia do país.

O empresário lembrou que uma situação semelhante ocorreu há quatro anos, quando trabalhadores afiliados à Suntracs entraram em greve por quase um mês, custando ao país perdas econômicas da ordem de US$ 1 bilhão.

Embora ele admitiu que, devido à atual situação econômica por causa da pandemia do coronavírus, o custo de outra greve não será o mesmo, ele disse que as perdas desta vez poderiam ser da ordem de 100 milhões de dólares.

“Na greve todos perdem, a empresa perde os trabalhadores que não trabalham e não recebem salário. Isto se torna uma questão de resistência, porém, estamos tentando recuperar o terreno e não achamos que a greve deva ser a solução por causa dos efeitos que tem sobre a indústria, portanto é uma questão complicada e todos perdem”, disse o vice-presidente da Capac.

Ferrer disse que se ambos os lados, Capac e Suntracs, não chegarem a um acordo sobre questões econômicas antes da greve convocada para segunda-feira, 4 de abril, o setor patronal permanecerá na mesa de negociações a fim de chegar a um entendimento com a liderança sindical, considerando que a única saída para esta situação é negociar um acordo.

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Construção Civil e Aliados (Suntracs) advertiu que se não for alcançado um acordo no Acordo Coletivo de Trabalho com a Câmara Panamenha de Construção para aumentar os salários dos trabalhadores em US$ 0,70, eles entrarão em greve nacional em 4 de abril de 2022.