Modernizar e comercializar mais, as chaves do desenvolvimento portuário
27 September 2017
Encontro latino-americano abordou os principais desafios do setor para o futuro.
As Américas do Sul, Central e o Caribe estão modernizando seus portos, mas não comercializam o suficiente para melhorar suas capacidades e competitividade”, afirmou o chefe de seção da Comissão Interamericana de Portos (CIP), da Organização dos Estados Americanos (OEA), o mexicano Jorge Durán. “A“comercialização entre os portos da região chega a só 20%, enquanto entre os portos europeus este nível é de 60%”, disse.
Durán participou do 12º Congresso Marítimo Portuário organizado pela Comissão Nacional Portuária Nacional (CPN) da Guatemala, com o objetivo de analisar os desafios do setor, que hoje se concentram na modernização portuária e como ela influi no comércio internacional e nas redes de transporte marítimo. A comissão serve para analisar as tendências atuais da atividade portuária latino-americana, sua estratégia de desenvolvimento e o fortalecimento da gestão ambiental da América do Norte.
Segundo o especialista da OEA, na América Latina e no Caribe “há poucos portos desenvolvidos, entre os quais se destaca o Canal do Panamá, que tem qualificação de 6,3 em infraestrutura. A média da carga marítima ronda os 3,49 milhões de TEUs na América Latina, e só em Xangai são 39 milhões”, afirmou.
No caso da Guatemala, o chefe da CIP reconheceu que são necessários mais investimentos para tornar os portos mais competitivos. “Os portos da América Latina e do Caribe estão se modernizando em infraestrutura e tecnologia, mas não comercializamos entre nós o bastante para melhorar a competitividade. É uma desvantagem não contar com uma Lei de Cabotagem que melhore as capacidades dos portos e do transporte marítimo na nossa região”.