Ministério dos Transportes trabalhará política de descarbonização de forma transversal
10 July 2023
Governo se diz atento às medidas de sustentabilidade.
O envolvimento e a troca de experiências entre as diversas áreas de atuação do Governo Federal será fundamental para incorporar a descarbonização no setor de transportes e demais medidas de sustentabilidade, defendeu o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro.
Ele participou, na última quarta-feira (5), da abertura do seminário Descarbonização no Transporte Brasileiro – Desafios e Oportunidades, realizado no auditório do Ministério dos Transportes, em Brasília (DF). A iniciativa é da Infra S.A., por meio do Observatório Nacional de Transporte e Logística.
De acordo com Santoro, a transversalidade é importante para avaliar os meios e tipos de infraestrutura que devem ser priorizados, considerando as consequências das mudanças climáticas. “Temos que pensar o impacto que os projetos de infraestrutura têm na vida das pessoas, no meio ambiente, nas comunidades originárias. Essa é uma determinação do ministro Renan Filho: trabalhar de uma forma muito diferente do que estavam trabalhando nos últimos anos, onde não tivemos diálogo e nem a possibilidade de apresentar as propostas”, afirmou.
O tema também engloba o planejamento dos projetos considerando a finitude dos recursos naturais e a vocação do país para a produção de energia limpa. “Precisamos avançar na discussão sobre o modelo de transição energética que iremos adotar como governo, para termos um padrão mais efetivo. Também temos buscado soluções tecnológicas junto às universidades, a fim de desenvolvermos mecanismos para evoluir e construir uma agenda em comum ao Brasil para os próximos anos”, reforçou o secretário-executivo. Como exemplo, ele citou a tecnologia free flow, que substitui as tradicionais praças de pedágio nas rodovias, diminuindo a aceleração e desaceleração de veículos, e contribuindo, dessa forma, com a descarbonização.
Agenda interministerial
Em parceria com demais ministérios, as definições que envolvem diretrizes de sustentabilidade serão levadas aos projetos rodoviários e ferroviários previstos para os próximos anos. “Os custos para enfrentamento das mudanças climáticas já estão sendo levados em consideração pelos investidores nos leilões de concessão. E esse é um alerta, de que se não fizermos um trabalho de mitigação de riscos climáticos e de processo de descarbonização, enfrentaremos cada vez mais essas intercorrências”, ponderou Santoro.