Mercado promissor

18 December 2020

O mercado de equipamentos para construção mostrou sua força em 2020. No início do ano, a expectativa de novos investimentos na área imobiliária e na infraestrutura elevou a confiança e o ânimo da cadeia produtiva para a continuidade do crescimento. Entretanto, a pandemia do novo coronavírus alcançou o mundo, trazendo quedas bruscas da economia global. No Brasil não foi diferente. Nosso segmento também começou a prever, em abril, resultados negativos.

Eurimilson Daniel - VP Sobratema

Eurimilson Daniel

Contudo, após o primeiro impacto, o setor manteve o ritmo de vendas. Desse modo, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção projeta um crescimento de 14%, com 30,8 mil unidades comercializadas neste ano contra 26,9 mil unidades no ano anterior. Para a área de linha amarela, a estimativa de alta é de 22% ante 2019, chegando a 19,6 mil unidades vendidas. 

Esse resultado positivo decorre, principalmente, da continuidade das obras mesmo em meio à pandemia e da oferta de crédito e outras modalidades financeiras por bancos, sejam os das montadoras, de varejo, de investimento e de fomento. Além disso, as vendas desses equipamentos continuam pulverizadas para além da construção, como a locação, o agronegócio, mineração e indústria. Neste ano, especificamente, o Estudo de Mercado da Sobratema mostra o crescimento da comercialização para a locação, que ficou com um percentual médio de 27%, ante 24% para o agro e 24% para a construção. 

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Certamente, o crescimento pelo terceiro ano consecutivo reforça a recuperação do setor. Mas é importante pontuar que, durante esse período, a falta de equipamentos e os prazos elevados para a entrega das unidades trouxeram impacto aos usuários. Isso porque os compradores têm janelas de oportunidade de negócio e, para atender os prazos, é necessária a disponibilidade do equipamento. E essa realidade foi percebida por todos. 

Para o próximo ano, sem dúvida, o nível produtivo deve se normalizar e a entrega de máquinas deve se regularizar. Assim, todo o setor terá a oportunidade de contar com os três fatores imprescindíveis para o usuário, que é a disponibilidade de crédito e de equipamentos, e a carteira de obras tanto do setor privado como da área pública. 

Nesse cenário, a estimativa do Estudo de Mercado para 2021 é de elevação na comercialização de máquinas para construção na ordem de 25%. Para a linha amarela, o aumento deve ficar em torno de 20%. A perspectiva do quarto crescimento consecutivo nas vendas do setor está alinhada com as expectativas de construtoras e locadoras que estão otimistas para o próximo ano, tanto para a economia brasileira como para o setor da construção e para a expansão das empresas. O percentual identificado pela Sobratema foi de 67%, 70% e 86%, respectivamente. 

A manutenção desse ritmo de crescimento vai passar, necessariamente, por novas demandas cada vez mais estabelecidas, como o suporte ao produto de forma customizada, a demanda por financiamentos especiais e, sobretudo, a sustentabilidade ambiental dos produtos. 

No entanto, nossa indústria está preparada para atender as obras e as demandas em 2021. É um mercado importante para a geração de empregos, de renda e de benefícios sociais, contribuindo para o desenvolvimento do país e das pessoas.

 

* Eurimilson Daniel é vice-presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração

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