Mercado de cimento segue crescendo

19 December 2013

DEC13 CLA Feature Cement

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A produção de cimento continua crescendo na América Latina, região que durante 2012 alcançou uma produção de 180 milhões de toneladas, cifra 5,1% superior à alcançada em 2011, ainda que inferior ao aumento de 6.2% registrado no ano anterior, de acordo com o Informe Estatístico 2013 da Federação Interamericana do Cimento (Ficem).

Sem dúvida o mercado mais importante da região é o brasileiro; o país aportou 38,3% da produção total da região com 68,8 milhões de toneladas no ano passado, cifra 7,4% maior que em 2011.

No final de 2012 o Brasil contava com 82 instalações, incluindo 51 usinas integradas e 31 estações de moagem. E os planos são de seguir crescendo. Segundo dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a capacidade doméstica se expandiria ao redor de 42% entre 2011 e 2016, passando de 78 milhões para 111 milhões de toneladas.

Em segundo lugar está o México, que aportou 20,5% da produção latino-americana de cimentos de 2012 com 36,8 milhões de toneladas, cifra 4% maior que no ano anterior.

Não obstante o anterior, esse ano não foi nada bom para o México em termos de produção, visto que segundo dados da Câmara Nacional do Cimento (Canacem), até agosto a produção de cimento no país somava 23,3 milhões de toneladas, 4,8% abaixo das 24,5 milhões de toneladas produzidas em igual período do ano passado.

A mexicana Cemex não ficou fora dessa situação e durante os primeiros nove meses do ano os volumes de cimento doméstico diminuíram 10%.

Cabe lembrar que a indústria cimenteira do México conta com 35 usinas distribuídas em todo o país, com capacidade instalada de 57 milhões de toneladas.

Outros cinco países abarcaram um quarto da produção latino-americana de 2012. Colômbia, Argentina, Peru, Venezuela e Chile, com 6,1%, 6%, 5,5%, 4,6% e 2,8% respectivamente, representam 25% da produção total.

Ainda que a Colômbia tenha mantido sua produção, e nos primeiros nove meses do ano tenha crescido somente 0,1%, o caso do Peru merece destaque, pois o país segue em franco crescimento, e entre janeiro e setembro desse ano acumula uma produção 7,7 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 8,96% em relação ao mesmo período de 2012.

Por outro lado, mercados como o venezuelano estão enfrentando um panorama mais obscuro, com fornos e usinas inativos e falta de equipamentos. Na maior usina da Cementos Venezuela, a usina Pertigalete, o colapso é quase total, com a maioria dos fornos paralisados, usinas não operativas e escassez de caminhões. Enquanto isso a usina de Lara, cuja capacidade é de 9 mil toneladas diárias, está operando 33%.

Consumo

Segundo o informe da Ficem, em 2012 o Panamá foi o país com maior consumo de cimento per capita, alcançando 644 Kg por habitante, 30% a mais do que os 492 Kg do ano anterior. Estas cifras sem dúvida foram incrementadas pelo uso de material na ampliação do Canal do Panamá, obra que em setembro chegou à marca de três milhões de metros cúbicos de concreto usados na construção do complexo de eclusas. O país consumiu em 2012 2,4 milhões de toneladas, frente 1,8 milhão em 2011.

Mas em termos totais, como era de se esperar, o Brasil é o principal consumidor, com mais de 69,3 milhões de toneladas no ano passado, 6,7% acima do consumido em 2011 e representando 38,6% do total. Isso apesar da desaceleração do “gigante sul-americano”.

Na verdade, apesar de que o país não tenha tido um desempenho destacável em termos econômicos, entre janeiro e outubro desse ano as vendas cresceram 2,4%, alcançando as 58,9 milhões de toneladas.

Cabe perceber que a Cimentos Apodi deve abrir em dezembro uma nova usina em Bonsucesso, a Quixeré, que alcançará uma capacidade de produção de 1,8 mil toneladas métricas diárias numa primeira fase, e que pode chegar a até 4 mil toneladas por dia durante a segunda metade de 2014.

O segundo maior consumidor é o México, que no ano passado viu crescer sua demanda em 3,4% chegando a 35,6 milhões de toneladas. Muito de longe seguem Argentina e Colômbia, com um consumo em 2012 perto às 10,5 milhões de toneladas. Não obstante esse empate, há que se destacar que entre o exercício passado e 2011, a Argentina diminuiu seu consumo em 8,2%, enquanto que os colombianos cresceram o seu consumo de cimento em 3,4%.

Demanda mundial

A demanda mundial por cimento poderia chegar a 4,7 bilhões de toneladas em 2017, de acordo com o relatório World Cement, estudo realizado pela empresa internacional de pesquisas Freedonia Group.

As vendas globais deverão crescer 5% ao ano entre agora e 2017, o que pressupõe uma queda ligeira no ritmo de crescimento registrado entre 2007 e 2012.

Segundo a Freedonia, o setor de obras públicas de infraestrutura deverá representar a maior proporção da demanda global, tanto em países industrializados como em países em desenvolvimento.

Cemex projeta nova usina na Colômbia

No início do próximo ano a cimenteira mexicana Cemex deve começar a construção de sua sexta unidade produtiva na Colômbia, segundo comentou Carlos Jacks, presidente da Cemex Latam Holdings e de Cemex Colombia, ao jornal colombiano Portafolio.

A usina, que demandaria investimentos de cerca de US$12,5 milhões, teria capacidade para 500 mil toneladas anuais, o que permitiria à companhia chegar as 4,5 milhões de toneladas entre 2016 e 2017.

O país continua sua senda de crescimento e a construção de infraestrutura é um setor cada vez mais forte. “Se as coisas seguirem como pensamos, vamos necessitar uma usina com capacidade maior do que a última que construímos”, comentou o executivo.

O volume de cimento doméstico das operações da Cemex Colômbia aumentou em 8% durante o terceiro trimestre de 2013.

Yura duplicará capacidade de produção

Um aumento de 121% na sua capacidade de produção diária de cimento é o que aspira conseguir a empresa peruana Yura a partir do próximo ano. A companhia tem um ambicioso projeto de expansão que lhe permitiria passar das 1,9 mil toneladas métricas diárias às 4,2 mil toneladas.

A companhia investirá ao redor de US$600 milhões em 2016 para aquisição de um novo moinho de clinker, em algumas usinas satélites e na construção de duas usinas de cal.

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