Marcelo Odebrecht responde acusações

09 April 2015

Marcelo Odebrecht

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O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht (foto), enviou carta assinada aos integrantes das empresas do grupo para negar as acusações de participação nos esquemas de corrupção na Petrobras e estimular que os funcionários defendam a empresa publicamente e junto a seus familiares e amigos.

A carta foi divulgada pela imprensa esta semana. Nela, o herdeiro do grupo de construção, infraestrutura, serviços de engenharia e petroquímica faz uma contundente defesa da empresa criada em 1944 por seu avô, Norberto Odebrecht.

No longo texto, Marcelo Odevrecht afirma que as denúncias que envolvem a Odebrecht nos escândalos não procedem. Particularmente, o executivo da maior construtora do Brasil menciona a denúncia contra um ex-funcionário que há 23 anos não trabalharia mais para a empresa; nega haver patrocinado o desfile de Carnaval da escola Beija-Flor (que foi a campeã no Rio de Janeiro este ano homenageando a ditadura de Guiné-Bissau); nega irregularidades nos serviços executados em Cuba com financiamento do BNDES; e nega que a Odebrecht tenha participações na Constructora Internacional del Sur, do Panamá, acusada de haver recebido e transferido fundos suspeitos provenientes do Brasil.

Mas o que mais se destaca da carta de Marcelo Odebrecht é quando ele menciona especificamente as relações da empresa com a Petrobras. “Somos sócios, clientes e fornecedores da Petrobras há várias décadas. Na imaginação de alguns – talvez de muitos –, não há como ficarmos fora das manchetes”, diz ele. Mas é taxativo ao afirmar sua impressão sobre este processo: “a repetição de acusações infundadas me faz lembrar a máxima de que basta contar uma mentira mil vezes para que ela se torne verdade”.

Marcelo Odebrecht também admite que a empresa contribui financeiramente para campanhas políticas. “Realizamos, sim, contribuições para campanhas políticas. Nunca me omiti em defender a legitimidade de nossas doações como forma de apoiar a democracia e na defesa daquilo que acreditamos, conforme o fiz em diversas entrevistas veiculadas pela imprensa nestes últimos anos”.

Em termos gerais, o presidente da Organização Odebrecht afirma em sua carta que a empresa mantém relações transparentes com o poder público no Brasil e demais países onde atua. “Nossa relação com o poder público é plenamente transparente e legítima. Pelo porte econômico e atuação diversificada, é natural e esperado que os representantes das empresas da Organização, ou das associações de classe que as representam, se relacionem com o poder público nos países onde atuamos. Isto se dá de forma legal e é feito comumente com outros grupos econômicos semelhantes”.

Finalizando, o presidente da Odebrecht reafirma sua total confiança nos trabalhadores das empresas do grupo e lhes pede que se mantenham firmes na defesa dos valores e princípios da empresa.

Nas investigações sobre os casos de corrupção na Petrobras, a Odebrecht não está entre as principais empreiteiras acusadas. Mas seu nome aparece na acusação de formação de um cartel para negociar mediante pagamento de propinas a obtenção de contratos com a estatal nos últimos anos. Ainda nada está provado, mas as investigações vêm avançando significativamente.

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