Manitowoc: radiografia regional

16 September 2019

Galaz manitowoc

Cristian Galaz

Cristian Galaz, vice-presidente da Manitowoc para América do Sul, se reuniu com a Construção Latino-Americana para conversar sobre como está agora o setor de guindastes na região, depois de anos muito difíceis nos quais o mercado se reduziu drasticamente. Já este ano, segundo ele, pode começar-se a notar recuperação, não obstante ainda está muito distante dos níveis alcançados nos anos anteriores. O executivo regional da Manitowoc é realista: “não acredito que voltemos a ver picos tão pronunciados, mas a tendência mostra que também não devemos voltar a ter depressões tão fortes como a de 2017 e 2018”.

Não cabem dúvidas de que o mercado mais importante da América do Sul é o brasileiro, e disto a Manitowoc tem ciência, pois o país representava uma alta porcentagem das vendas da companhia na região. Mas em um cenário positivo, há que se buscar os mecanismos necessários para continuar o desenvolvimento do negócio, e assim fez Cristian Galaz. “Com um Brasil de crescimento próximo a zero, pudemos crescer em outros mercados da região”, diz.

O que acontece?

O escritório sul-americano da Manitowoc é no Chile, país onde apesar de não haver um crescimento significativo, pelo menos continua sendo um dos mais estáveis, e onde o executivo nota tendências à alta. Não são vendas massivas, mas si negócios individuais que permitem alguma esperança.

Manitowoc

O caso da Argentina é especial, dado seu cenário político que vai se clarear em outubro, com as eleições determinantes para o futuro. “Sem cores políticas, o desenvolvimento da Argentina terá muito a ver com quem será o próximo presidente”, diz o executivo. Infelizmente, a previsão do Banco Mundial para a Argentina este ano já é de queda de 1,2% na economia do país.

O Brasil continua sendo um mercado essencial, embora já sem os valores registrados antes. A leitura de uma economia tão grande é sempre complexa, mas Galaz comenta que se vive um ambiente de esperança na atual administração do país, e se antes esperava uma recuperação econômica para 2023-2024, hoje já antecipa sua expectativa para fins de 2021.

O Peru parece ser uma das economias mais fortes da América do Sul. O país “está tomando medidas que são bem aceitas pelo mercado, e se podem esperar bons momentos”. Este ano o setor de construção vai liderar o crescimento do PIB no país. Segundo a Câmara Peruana da Construção, o crescimento do setor será de cerca de 6,2%.

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“A Colômbia está na incerteza, mas avizinha-se alguma esperança com movimentos na sua indústria petroleira”. Mas Galaz afirma que devem-se considerar problemas conexos, como a situação na Venezuela e o possível retorno da guerrilha das FARC.

O vizinho Equador, diferentemente da Colômbia, não gera notícias com relação ao mercado petroleiro, mas de acordo com Galaz, vem gerando algum movimento na área de energia eólica.

Apostas

Manitowoc lanza mayor grúa sin cabeza de Potain

Como serão as perspectivas de futuro? Se falamos de apostas, o jogo está baseado em duas fichas principais.

Uma delas é a Venezuela. Mas por quê? Porque hoje é um país com tantas necessidades que, se em algum momento o mercado abrir-se e voltar à normalidade, sua demanda por produtos e serviços será tão grande que todos vão querer voltar e crescer na mesma medida.

A segunda ficha é o Brasil. Se a maior economia da região retomar o crescimento e voltar de vez, sem dúvida será um fator que não apenas se traduzirá em negócios no país, mas terá um efeito positivo em toda a América do Sul.

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