Justiça bloqueia pagamento à Queiroz Galvão
09 April 2015
A Justiça Federal determinou o bloqueio do pagamento devido pelo governo do estado de Alagoas à construtora Queiroz Galvão. Mesmo estando sob investigação da Operação Lava Jato, este novo revés à empreiteira se originou de um processo cível contra ela na Justiça local. O valor sequestrado foi de R$ 163 milhões.
Trata-se do primeiro caso de decisão judicial que suspende pagamento por serviço realizado a uma construtora desde o princípio das investigações da Polícia Federal. Até agora, todos os valores retidos pela Justiça eram pertencentes a executivos de construtoras, ex-funcionários da Petrobras ou doleiros.
O Juiz Sergio Moro, responsável pelas decisões relacionadas à operação Lava Jato, justificou sua decisão afirmando que a retenção deste valor não afetaria a liquidez da empresa.
Antes, o próprio Moro havia decidido rejeitar pedidos de sequestro de valores das construtoras justamente por acreditar que tal decisão poderia comprometer a saúde financeira das construtoras e talvez levá-las à falência.
No geral, as construtoras brasileiras que estão sob a lupa das investigações vêm encontrando dificuldades para ter acesso a novos créditos e às vezes têm créditos suspensos por decisão unilateral dos mandantes dos serviços, que podem não pagar enquanto seus contratos estejam sob suspeita. Tudo isso afeta a liquidez da maioria das grandes empresas de construção do páis até o momento.
Mas apenas a Queiroz Galvão, até o momento, sofreu uma proibição judicial de receber por um serviço realizado. A construtora afirma que a dívida de Alagoas com ela é legítima e solicitou a revogação da decisão do juiz Sergio Moro.