Infraestrutura: grandes projetos com excelentes resultados

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Entra governo, sai governo e o óbvio precisa ser dito: a melhoria da infraestrutura brasileira é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico, uma vez que corrobora na atração de mais investimentos, na competitividade das empresas e na geração de empregos.

A falta de infraestrutura dificulta a atração de investimentos, a competitividade das empresas e a geração de novos empregos.

O Novo Pac veio como uma frecha de luz para o setor que vê, a partir de tais investimentos prometidos, contribuição para o progresso e evolução do país como um todo.

Qualificar a infraestrutura repercute positivamente em muitas áreas.

AdobeStock_CasaDaPhoto El Nuevo PAC de Brasil prevé una inversión pública federal de unos US$75.665 millones en áreas como transporte, energía, infraestructura urbana, inclusión digital, infraestructura social inclusiva y agua para todos. (Foto: AdobeStok / Casa.da.Photo)

Dentre os Projetos de infraestrutura do novo PAC, estão previstos empreendimentos federais, estaduais, concessões e uma maior participação do setor privado por meio de PPPs (parcerias público-privadas, de tal forma que, na apresentação do PAC, o Governo Federal estabeleceu que as concessões e PPPs serão opções prioritárias para execução do novo Programa. Tais Projetos também terão incentivos à mudança da matriz energética e à descarbonização das indústrias, colaborando para a transição energética do país, através de investimentos em indústrias de hidrogênio verde, bem como em parques de energia solar e eólica.

Incremento

O Novo PAC deve prever investimentos públicos federais de R$ 371 bilhões em áreas como transportes, energia, infraestrutura urbana, inclusão digital, infraestrutura social inclusiva e água para todos.

Em tempo, outras áreas como defesa, educação, ciência e tecnologia também devem ser incluídas no novo programa.

A implementação do programa triplicaria investimentos públicos federais em infraestrutura nos próximos anos. Além de recursos do orçamento da União, o novo PAC contará com recursos de estatais, financiamento de bancos públicos e do setor privado, por meio de concessões e parcerias público-privadas.

A previsão é que o total investido chegue a R$ 1,7 trilhão em quatro anos, incluindo investimentos da Petrobras.

Os estados mais populosos do Brasil – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se concentram em projetos direcionados:

São Paulo

As iniciativas incluem o trem de passageiros Intercidades, obras de ligação das cidades litorâneas de Santos e Guarujá e o prolongamento da linha 2 do metrô.

O Intercidades é uma iniciativa de PPP para conectar as cidades de São Paulo e Campinas. Originalmente, o projeto de R$ 10 bilhões (US$ 1,95 bilhão) para construir e operar a ligação ferroviária de 101 km estava planejado para o ano passado, mas as eleições gerais atrasaram um acordo sobre os direitos de uso.

O governo federal se envolveu porque fornecerá recursos captados com a renovação antecipada da concessão da empresa de logística MRS para operar os 1.686 km da Malha Sudeste. A MRS pagou R$ 4,20 bilhões pela renovação.

Sobre o projeto para as cidades de Santos e Guarujá, avanço desse projeto é complexo porque o governo do estado está tentando incluí-lo no mesmo pacote de concessões do Porto de Santos, concessão que não conta com o apoio do governo Lula por considerá-la uma privatização.

Minas Gerais

Prioriza-se a pavimentação das rodovias federais que cortam o estado e a construção de barragens.

“A infraestrutura das rodovias federais que cruzam o estado deixa muito a desejar e está em situação ruim”, disse Zema em nota à imprensa que citou as rodovias BR-262, 040 e 381.

Em relação às barragens, Zema mencionou Berizal e Jequitaí como dois projetos-chave para o estado, que precisam ser reiniciados e concluídos.

O governador também pediu a Lula que continue apoiando projetos iniciados na gestão federal anterior, como o metrô de Belo Horizonte, que foi leiloado no final do ano passado.

Rio de Janeiro

Governo carioca prioriza alguns projetos: obras de ampliação e adiantamento da concessão da rodovia BR-040, construção do projeto da rodovia Transbaixada, a ferrovia Rio-Vitória e o projeto do gasoduto conhecido como rota 4b.

A ampliação de 450 km da BR-040, que liga a capital carioca a Belo Horizonte, com uma conexão para Petrópolis, terá um custo estimado de R$ 9,20 bilhões.

Já a Ferrovia Rio-Vitória (EF-118), nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, com 578 km de extensão, prevê a construção de seis túneis, 171 viadutos rodoviários, 130 pontes ferroviárias e 177 passagens subterrâneas e travessias de pedestres.

A construção da Transbaixada inclui um trecho de 12 km entre as rodovias Washington Luiz e Presidente Dutra, além de seis viadutos e sete pontes.

Mas quais são algumas das maiores obras brasileiras?

Represa de Itaipú Represa de Itaipú. (Foto: visitefoz.com.br)

Complexo Hidrelétrico de Itaipu

A usina de Itaipu, localizada no Rio Paraná, carrega os títulos de maior barragem do Brasil e segunda maior do mundo, perdendo apenas para a usina hidrelétrica de Três Gargantas na China.

Esse complexo hidrelétrico foi inaugurado em 1984 como um projeto do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer. Atualmente, a barragem consegue gerar até 14 mil megawatts por hora e possui aço suficiente para construir 380 Torres Eiffel em tamanho real.

Os números da obra são espantosos. Para a construção da barragem, foram despejados 12,3 milhões de metros cúbicos de concreto. Em um único dia, 14 de novembro de 1978, foram lançados 7.207 metros cúbicos de concreto, com a utilização de 7 cabos aéreos. Isso equivale a 10 andares a cada hora. Em 1980, mais de vinte mil caminhões e quase sete mil vagões foram utilizados no transporte de materiais para a Itaipu. No ápice da construção da barragem, aproximadamente 40 mil pessoas trabalhavam no canteiro de obras ou nos escritórios do Brasil ou do Paraguai. Devido a alta rotatividade, a contratação mensal chegou a ser de 5 mil pessoas.

Ponte Rio – Niterói

Puente Niteroi Puente Niteroi. (Foto: Ecoponte)

A Ponte Rio-Niterói é a principal ligação entre as cidades do Rio de Janeiro, Niterói e o interior do Estado, sobretudo a região dos Lagos e o litoral norte fluminense.

Inaugurada em 1974, ela é um marco da engenharia nacional e ainda detém alguns recordes importantes:

É a maior ponte do Hemisfério Sul;

Possui o maior vão em viga reta contínua do mundo: o Vão Central de 300 metros de comprimento e 72 metros de altura;

É a mais importante estrutura protendida das Américas, com mais de 2.150 quilômetros de cabos no interior de sua estrutura;

É uma das maiores pontes do mundo em volume espacial (área construída), por conta de seu comprimento, largura e a altura dos pilares e das fundações submersas cravadas na rocha do fundo da Baía de Guanabara.

Edificio Mirante do Vale Edificio Mirante do Vale, en São Paulo. (Foto: Mirante do Vale)

Edifício Mirante do Vale - São Paulo

É o maior edifício do Brasil, com 170 metros e 51 andares.

Projetado pelo engenheiro Waldomiro Zarzur, juntamente com Aron Kogan, o prédio começou a ser construído em 1960 e foi inaugurado seis anos depois. O edifício possui acesso através de três portarias, em três endereços: Avenida Prestes Maia, Praça Pedro Lessa e Rua Brigadeiro Tobias. Embora seja conhecido como Mirante do Vale, o condomínio foi batizado com o nome W.Zarzur, em homenagem ao criador.

Situado no Vale do Anhangabaú, vem atraindo cada vez mais pessoas, por conta da inauguração do Sampa Sky, situado no 42º piso. São dois mirantes retráteis, com uma vista de tirar o fôlego da capital paulista, a uma altura de 150 metros. Um programa que vai agradar a família inteira.

Viaduto 13 - Rio Grande do Sul

Também chamado de Viaduto do Exército, o Viaduto 13 tem 143 metros de altura e 509 de extensão.

Ele é o viaduto ferroviário mais alto das Américas e um dos mais altos do mundo: atualmente, só perde para o viaduto Mala Rijeka, que fica em Montenegro.

A denominação 13 tem sua origem no fato de ser o 13º de uma seqüência de viadutos que se inicia no centro da cidade de Muçum, conhecida como a “Princesa das Pontes”. Foi construído pelo 1º Batalhão Ferroviário do Exército Brasileiro durante a década de 70.

Com seus 143 metros de altura e 509 de extensão, é tido como o maior viaduto ferroviário da América Latina e o segundo mais alto do mundo, superado apenas pelo Viaduto Mala Rijeka, em Montenegro, de 198 metros de altura. Suas fundações são do tipo sapata corrida e estão enterradas a 21 metros abaixo do nível do solo.

Com todas essas medidas e ocupando uma posição de destaque no ranking mundial, o Viaduto 13 virou atração turística de Vespasiano Corrêa.

One Tower

One Tower One Tower. (Foto: FG Investimentos)

O One Tower é oficialmente o edifício mais alto do Brasil, segundo Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH). A organização internacional que audita arranha-céus mundiais reconhece a estrutura também como maior residencial da América Latina.

O edifício está localizado na Avenida Atlântica, em frente à praia que teve a faixa de areia alargada, e foi entregue aos moradores com todos os 119 apartamentos vendidos.

Segundo a FG, que é a responsável pelo investimento, o prédio tem 290 metros de altura e 84 pavimentos. Desses, 70 são habitáveis. Além disso, quatro andares foram reservados para área de lazer. Conforme a construtora, esses 20 ambientes fazem o prédio ter também a área de lazer mais alta das Américas.

Para concretizar o projeto, a empresa investiu mais de R$ 650 milhões. Com o crescimento da região e um dos metros quadrados mais caros do país, o valor atual dos apartamentos está, em média, R$ 12 milhões.

Além do valor, o prédio reúne outros dados gigantescos. Na construção foram utilizadas mais de 9 mil toneladas de aço, 5 mil toneladas de contrapiso e reboco, e quase 25 mil metros cúbicos de concreto. São mais de 52,7 mil metros quadrados de área construída e mais de 2 mil trabalhadores.

O One Tower desbancou as torres do Yachthouse by Pininfarina, da Pasqualotto & GT, que ocupavam até então o primeiro lugar no ranking dos prédios residenciais mais altos da América Latina.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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