Indústrias de Mineração e Energia estão entre as que mais devem contratar em 2024

Dados fazem parte do levantamento anual da primeira e maior empresa de recrutamento especializado no mundo, a Robert Half

Divulgado anualmente em 18 localidades ao redor do mundo, o Guia Salarial da Robert Half Talent Solutions chega à sua mais nova edição com uma série de novidades e previsões focadas no mercado de trabalho brasileiro de 2024.

O levantamento destaca a área da Engenharia — em especial os setores de Mineração e Energia —- como uma das que mais deve realizar contratações ao longo do próximo ano, demandando majoritariamente profissionais que atuam como Gerente de Supply Chain, Gerente de Projetos, Gerente de Produção, Engenheiro de Automação e Especialista de Environmental, Social & Governance (ESG).

Apesar da alta demanda, há uma série de funções para as quais será difícil que as empresas encontrem profissionais qualificados.

Além das qualificações em alta no setor, o Guia Salarial de 2024 lista as habilidades técnicas e comportamentais mais buscadas pelas empresas nos próximos meses, entre elas: fluência em idiomas, conhecimento sobre Sistema de Gestão Integrada, capacidade de inovação, domínio de MS Project, Tech Skills, adaptabilidade, comunicação, perfil analítico, autonomia e flexibilidade. Junto às habilidades, certificações em Ferramentas de Projetos, ESG, Tecnologia para Análise de Dados, Lean Manufacturing e Enterprise Resource Planning (ERP) também estão entre os principais critérios de contratação listados pelo Guia.

Destaca-se uma série de funções para as quais será difícil que as empresas encontrem profissionais qualificados, como cargos de Especialista de ESG, Gerente de Projetos para Mineração, Comprador do segmento de Energia Renovável e Engenheiro de automação para a indústria.

Para Valdomiro Roman, Diretor de Operações da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração, esse cenário de escassez de mão de obra qualificada é consequência da baixa procura por cursos de Engenharia Metalúrgica e de Minas, fator que se tornou uma das principais preocupações da Indústria de Base nacional.

“Temos observado uma crescente valorização de profissionais de Engenharia pelo mercado nacional, em especial no setor minero-metalúrgico, na medida que as empresas desenvolvem novas tecnologias e avançam rumo à indústria 4.0 e à descarbonização. Há cada vez mais cargos e maiores salários para pessoas que atuam na área, mas a formação de profissionais, por outro lado, não tem respondido a esta demanda. O encerramento de cursos de graduação deste segmento por falta de interesse dos jovens, e a dificuldade no preenchimento de vagas de trabalho nas indústrias são provas dessa realidade, que tem preocupado tanto instituições acadêmicas quanto corporativas ao redor do Brasil e no mundo”, explica o Diretor de Operações.

O tema da escassez de mão de obra foi pauta de uma plenária realizada ao longo da 7ª edição da ABM Week, maior evento técnico-científico da América Latina nas áreas de metalurgia, materiais e mineração. Na plenária, a temática foi debatida por dezenas de executivos, profissionais, docentes, pesquisadores e estudantes de todo o Brasil, e, além do evento anual, o assunto continua sendo trabalhado pelas Diretorias Regionais e Comissão Técnica de Iniciação Científico-Tecnológica da ABM.

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